Começaram as bolotadas!

A jornada de 30 de Outubro foi a primeira da época dedicada à sementeira de bolota, a famosa bolotada, em que contribuímos para uma movimento mais largo à escala ibérica: a grande bolotada ibérica. Curiosamente, esta jornada decorreu praticamente dois anos depois da jornada inaugural da bolotada de 2019/20, que se iniciou na mesma zona onde iríamos trabalhar neste dia. Mas, já lá iremos.

Os trabalhos decorreram numa área imediatamente a jusante da aldeia do Feridouro, que tem merecido uma atenção frequente nos últimos tempos: a zona da Costa/Chousa. Nos socalcos aqui criados para uma antiga plantação de eucaliptos, o projecto plantou, a partir de 2015, carvalhos e medronheiros, mas, nas margens do ribeiro, então densamente ocupadas por mimosas, a sua remoção demorou alguns anos a ser feita (e só na margem norte!), por ter sido um trabalho difícil. Só no ano passado se conseguiu fazer um esforço decisivo para quase eliminar a rebentação remanescente da margem norte, tornando a área disponível para acolher plantas autóctones. Por isso a sementeira deste dia iria privilegiar esta área, mas também se fez nas áreas plantadas, em jeito de adensamento. Em áreas difíceis, como esta, onde as mobilizações de solo passadas alteraram drasticamente a estrutura do solo, as árvores plantadas crescem lentamente ou têm mesmo dificuldade em se aguentar, sendo apropriado complementar as plantações com sementeiras.

Encosta em socalcos e o ribeiro lá em baixo
A matéria prima
Os utensílios e ferramentas
A acção
A ponderação…

Mas, não se fez apenas sementeira: deram-se cuidados à área semeada nessa bolotada inicial de 2019, aquela mesmo que foi mostrada num canal de televisão! Deste modo, foram cuidados que foram também um balanço dessa bolotada. Bem, nós já tínhamos uma ideia do resultado, porque, evidentemente, já lá tínhamos ido, mas os cuidados prestados permitiram ter uma ideia mais clara desse resultado. Cortadas as manchas de silvado, libertadas as árvores desse “abraço” às vezes pouco amigável e retirada alguma vegetação concorrente mais agressiva, as árvores ficaram bem à vista, e não há dúvida que o balanço é positivo, em parte devido à grande densidade de bolotas que um local como este, uma várzea de fácil acesso, recebeu!

Trabalhos na várzea
Cuidando de uma árvore
Lá mais em cima continuava a sementeira
Pequena árvore semeada há dois anos
Logo ali ao lado, o ribeiro
Há ainda alguma memória do tempo em que esta várzea estava ocupada por grandes mimosas. Mas estas já não “metem medo”.
Às vezes era intrincado…
…mas “libertadas as árvores”, em alguns locais encontravam-se com grande densidade, quase a precisarem de desbaste!

Dados por concluídos os trabalhos a jusante do Feridouro, a equipa ainda se deslocou ao Vale de Barrocas para ensaiar uma sementeira na zona ribeirinha a montante desse vale (encosta sul do ribeiro), mas constatou que as condições eram muito difíceis, devido às características do terreno, à vegetação e à lenha depositada. Ainda se semeou numa parte menos problemática mas cedo a chuva fez a sua aparição, obrigando a um fim antecipado da jornada. Deste modo, foi já na base da Quinta das Tílias que se tirou, entre pingos de chuva, a foto de encerramento.

De partida para o Vale de Barrocas
Atravessando o ribeiro
Passando junto a uma velha ruína
Observando as condições do terreno ( e reflectindo sobre como fazer…)
O declive do terreno, a lenha no chão e os fetos, tudo dificultava a sementeira
Uma urze em flor a demonstrar que “a Primavera é quando uma planta quiser”!
Já sem um participante, e depois de a chuva ter decidido o rumo dos acontecimentos

Tinha sido uma jornada animada e produtiva. Obrigado a todos os voluntários! As fotos são da Wura Moraes.

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