A jornada do 16º aniversário do projecto decorreu no dia 3 de Setembro e foi participada por cinco voluntários e meio (!), entre os quais se incluiu uma família de novos residentes na aldeia do Feridouro, aos quais damos calorosas boas-vindas!
Os trabalhos decorreram na zona da Chousa, a jusante do Feridouro, onde temos estado ultimamente com alguma frequência, para compensar os anos de ausência. Deste vez, o facto de aquele troço do ribeiro se encontrar seco, facilitou os trabalhos, pois se podia circular à vontade pelo leito.
A moto-roçadora e as moto-serras trabalharam quase ininterruptamente, a primeira no silvado e nos fetos, e as segundas nas mimosas, cortando, traçando e desramando. Os voluntários “sem máquinas” juntaram lenha e arrumaram ramadas, e fizeram também desramação nas árvores e arbustos autóctones, usando o tesourão. Finalmente, descascaram-se mimosas grandes, cujo corte em verde correria o risco de causar estragos entre as árvores autóctones.










Algumas das estreitas várzeas da Chousa estavam densamente ocupadas por mimosas, quando aqui se iniciaram os trabalhos do projecto, por volta de 2015. Por isso, as mimosas que agora aqui aparecem como “grandes” de facto têm apenas, no máximo, 7 anos, mas, nestes solos férteis e frescos, cresceram vertiginosamente.
Um trabalho paralelo à remoção de mimosas foi o início da limpeza de um trilho que aqui existia e que permitia chegar às últimas várzeas da Chousa a jusante caminhando pela margem norte do ribeiro (a partir do Feridouro). Aqui, ao longo de c. de 50 m de extensão do ribeiro, a margem norte é uma encosta de grande declive, e o trilho foi aberto nessa encosta, mas com o tempo, a queda de pedras e lenha da encosta e o crescimento do silvado, ficou completamente obstruído. O objectivo de médio prazo é torná-lo transitável.
Os trabalhos acima referidos prolongaram-se por todo o dia, e, mesmo assim, ainda há por aqui bastante que fazer!
A foto de despedida foi tirada já no Feridouro, no espaço da recém chegada família.

A próxima jornada é já a última do Verão, quando a preciosa chuva deverá já ter caído com generosa abundância e a terra exalar aquele odor característico das primeiras chuvas, que, aliás, já começaram a cair: entre 1 e 11 de Setembro já caíram em Belazaima 35 l/m2. Obrigado aos voluntários desta jornada, ao Abel pelas suas fotos, e até 17 de Setembro, na despedida do Verão!