O regresso à Chousa e outras notícias

A primeira jornada do Verão realizou-se no dia 2 de Julho, ainda antes de os calores deste mês se instalarem, e desenrolou-se numa área que esteve bastante tempo desatendida: a Chousa. De facto quando aí se desenrolou esta jornada, a 18 de Novembro de 2021, a maior das antigas várzeas de cultivo que por aqui havia estava completamente impenetrável, não obstante as árvores que já a ocupavam, e as mimosas foram crescendo vertiginosamente nos últimos anos, aproveitando a ausência de seguimento. Nessa jornada abriu-se caminho com moto-roçadora e iniciou-se um trabalho de descasque e corte de mimosas, mas ficou ainda muito por fazer, pelo que desta vez se retomou esse trabalho.

Uma mimosa seca, depois de descascada em Novembro passado, dá espaço, luz e visibilidade a um amieiro, aqui plantado há alguns anos

As mimosas descascadas a 18/11 já se encontravam quase todas secas, tornando-se mais visíveis as autóctones que foram por aqui plantadas a partir de 2016, com destaque para os amieiros e para os carvalhos. Mas a maior das várzeas da Chousa já tinha sido plantada com choupos alguns anos antes, pelo anterior titular, e esses choupos foram largamente mantidos, embora não sejam exactamente autóctones (trata-se, provavelmente, do choupo-do-Canadá, um híbrido frequentemente plantado). Entretanto, também os salgueiros se foram implantando com intensidade, aproveitando a abertura de um novo troço de leito do ribeiro que uma cheia provocou há alguns anos, dividindo ao meio esta antiga várzea da Chousa.

A moto-roçadora voltou a trabalhar com intensidade ao longo de todo o dia (foto de Paulo Vinagre)
O silvado, por vezes com dois metros de altura, constitui uma barreira intransponível, só resolúvel pelo trabalho paciente da moto-roçadora.
As mimosas maiores foram descascadas e as mais pequenas cortadas (foto de Paulo Vinagre)
Trabalho realizado, junto a um antigo muro de pedra solta (foto de Paulo Vinagre)
Felizmente havia sombra para instalar a mesa do almoço!
A maior várzea da Chousa, depois de vários trabalhos realizados: corte de silvado, desramações, corte de rebentações secundárias de algumas árvores…

Aparte as várzeas, naturalmente, de acesso e movimentação fácil, as encostas circundantes têm declives muito elevados, dificultando enormemente a realização de trabalhos, que lá são muito necessários devido à presença de mimosas. De facto, quer a jusante quer a montante da várzea principal, as mimosas mantiveram-se em locais onde de facto já estavam antes das primeiras intervenções, ainda que com densidades mais baixas do que originalmente, mas ainda dominando a paisagem. Acresce a presença de silvado e matagal, em locais onde é muito difícil operar a roçadora… Por vezes nem se consegue chegar às mimosas!

A equipa do dia

Apesar das dificuldades, a frescura do dia facilitou a dinâmica dos trabalhos, e um bom relaxamento à sombra dos choupos e das restantes árvores da Chousa após o almoço permitiu que os trabalhos se prolongassem bem até ao fim da tarde. Tinha sido um dia bem produtivo, com uma memória fotográfica mínima! Obrigado a todos os voluntários!

Outra boa notícia é que a Associação Cabeço Santo foi reconhecida pela APA como equiparada a Organização Não-Governamental de Ambiente (ONGA), tendo sido emitido o respectivo certificado.

Esperemos agora que a onda de calor que nos afoga por estas alturas esteja já ultrapassada na data da 2º jornada de Verão, e que não deixe muitos estragos para trás… Até lá!

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