Chamar jornada voluntária a meio dia de trabalho com dois pares de braços pode ser um pouco excessivo, mas, quando o “túnel” é escuro, mesmo uma débil “luzinha” parece ter muito brilho…
O destino da pequena equipa foi o Vale de Barrocas, onde as árvores rebentadas após o incêndio de 2017 necessitam de cuidados. O início dos trabalhos fez-se na encosta acima daquela mancha de carvalhos grandes que por aqui conseguiu resistir nas últimas décadas, embora, aparentemente, o incêndio de 2017 lhe tenha causado mais danos que o de 2005.

Os trabalhos necessários são sobretudo os de selecção dos rebentos de futuro, deixando-se nesta altura geralmente apenas um deles. Mas, alguma desramação e corte de plantas do matagal mais concorrentes são também frequentemente necessárias. Nalguns casos uma primeira selecção de rebentos já tinha sido feita em anos anteriores.




Esta zona é interessante também porque é uma das poucas áreas que já foi eucaliptal onde plantas como o azevinho conseguiram sobreviver. Outras arbustos de porte elevado frequentes são o loureiro e o sanguinho-de-água (Frangula alnus).


Para além das árvores e arbustos que já cá estavam, também foram plantadas muitas outras a partir de 2018. Também essas, mais pequenas do que as de rebentação, necessitam de atenção: remoção de rebentações desadequadas, limpeza do matagal.
Como a jornada era só de manhã, deu-se o máximo, mas de facto ainda é necessário cá voltar antes de terminar o Inverno. Os carvalhos já abrolham, as plantas do matagal já começam a florir (as urzes vermelhas já estão em plena floração), a Primavera adivinha-se em cada recanto e… ainda há muitos carvalhos por cuidar!



Obrigado ao voluntário Abel.
Até breve!