No dia 16 de Maio ensaiou-se o regresso ao trabalho voluntário, com uma visita de estudo e planeamento por um grupo de elementos dos corpos sociais da ACS mais alguns voluntários habituais.
Basicamente fez-se um percurso ribeirinho, partindo do Feridouro, com a ida pela margem norte do ribeiro e regresso pela margem sul, numa extensão de 5 km. O foco da atenção foram os trabalhos que se requerem em cada local.

Eis uma revisão, ponto a ponto do caminho (nas legendas das imagens: o que se observa, no texto: o que há a fazer):

1: triturar matagal em volta dos medronheiros (trabalho não voluntário, a ser realizado a partir do Outono).

2: cortar a mimosa, mas só depois de a uva-de-cão ter completado o seu ciclo anual!

3: cortar e pincelar com herbicida (cph).

4: cph

5: retirar plantas concorrentes e desramar, se necessário. Nalguns casos pode também ser necessário fazer algum trabalho de moto-roçadora.

6: observa-se boa recuperação da vegetação autóctone mas há mimosas para cph. No estreito e declivoso corredor ribeirinho a jusante, também ainda bastantes mimosas para cph.

7: a ter em atenção! No entanto nesta zona o descasque de mimosas correu em geral bem. Há contudo alguns eucaliptos, para cph.

8: simplesmente ter paciência e voltar a descascar, ou cph.

9: parece que com árvores de pequeno diâmetro o descasque não funciona tão bem como com árvores maiores. Talvez nas primeiras cph seja preferível.

10: continuar a acarinhá-lo, admirá-lo e dele colher energias!

11: retirar o tubo, que já está demonstrado!

12: ainda algumas manchas de mimosas, para cph. Esta encosta ainda apresenta também alguma rebentação de eucalipto, simplesmente para cortar com machados. Há que ver também como estão as árvores aí plantadas ou rebentadas. Precisam de cuidados? É necessário fazer adensamento?

13: mimosas e alguns eucaliptos para cph. Já se fez aqui um trabalho de arranque de mimosas e selecção de rebentos em 2018, que deverá facilitar os trabalhos seguintes

14: … mas ainda falta retirar os eucaliptos e sobretudo as muitas háqueas-picantes que com eles partilham o espaço.

15: esta imagem capta sobretudo o contraste entre dois “verdes”, o dos carvalhos e o dos eucaliptos de uma plantação na encosta sul. Não capta, contudo, que aqui mesmo, entre os carvalhos, ainda há mimosas para descascar e para cph. Também matagal e silvado para triturar com moto-roçadora (equipas profissionais).

16: esta, sim, capta o que não se via na imagem anterior.

17: trilho muito aprazível. Na Ribeira do Tojo, cujas árvores começaram a ser plantadas em 2010, ainda há trabalho de moto-roçadora a realizar sobre o silvado (equipas profissionais). Que o diga o grupo, que teve alguma dificuldade para romper entre fetos e silvas. Mas a diferença com 2010 é já dramática (para melhor!).

18: a visita à cascata da Ribeira do Tojo é sempre agradável, para além de convidar a um banho, mas aquelas mimosas para jusante, não deixam um bom voluntário descansar em paz. Ou talvez sim, já que ali o trabalho é sobretudo para profissionais.

19: os carvalhos também convidavam a ficar, mas,… o almoço não tinha vindo e a hora avançava. Mas a não esquecer: a encosta adjacente, já na mata da Altri, ainda apresenta mimosas para cph.

20: simplesmente observar!

21: remover vegetação concorrente e desramar, se necessário. Trabalhos profissionais de moto-roçadora sobre o matagal (corte selectivo).
A partir daqui não há mais imagens: já passava das 13 horas e ainda havia mais de 1 km a percorrer! Mas ainda a registar duas observações de importância: nas Costas do Rio, em frente ao Feridouro, há o importante trabalho de remoção dos rebentos de eucalipto, em parte a realizar por profissionais, e o levantamento do sucesso da sementeira de bolota, este da responsabilidade dos voluntários. Também as margens a jusante do atravessamento da ribeira ainda têm muito trabalho com as mimosas, depois das maiores já terem sido removidas.
Depois do almoço, sob a copa das laranjeiras do Feridouro, a tarde foi de reflexão e discussão. Deu-se a conhecer o ante-projecto para a estrutura a edificar na Quinta do Feridouro, já revisto para o PIP em curso na Câmara Municipal, uma iniciativa liderada pela Quinta das Tílias. Falou-se da candidatura, promovida também pela Quinta, ao Fundo Ambiental, para a realização de trabalhos profissionais nas áreas de conservação. Discutiu-se a necessidade de a Associação atingir os 100 associados, para que possa ser reconhecida como ONGA e também ela ter maiores possibilidades de aceder a fontes de financiamento específicas para a área do ambiente. (E você, que teve o interesse suficiente para ler este artigo até aqui, já é associado?). Discutiram-se as condições para retomar as jornadas voluntárias. E outros detalhes, de uma tarde inteira de reflexão, que não têm aqui cabimento!
Mas quanto às jornadas: vamos retomá-las no dia 30 de Maio, limitadas a 10 pessoas (1 coordenador e 9 voluntários), em local onde cada um possa chegar por seus próprios meios e com almoço em forma de piquenique, partilhando o menos coisas possível! Em princípio, os trabalhos a realizar serão o controlo de invasoras e o cuidado das árvores plantadas. A semana prevê-se quente, mas o Sábado já mais fresco. Haverá um período alargado de descanso a seguir ao almoço em zona sombreada, por certo com possibilidade de chapinar!
Vamos voltar ao trabalho? Aqui fica a oportunidade.
Até breve,
Paulo Domingues