O regresso das jornadas voluntárias

Regressaram as jornadas voluntárias ao Cabeço Santo! Foi já no dia 30 de Maio, mas só agora sai a “reportagem”.

A semana anterior tinha sido quente, devido a um episódio de vento leste que se prolongou por vários dias, e num deles a máxima superou os 35ºC. Para Sábado ainda se previam 30, o que antecipava um dia bem suado, mas a verdade é que surpreendeu pela positiva: mercê de uma neblina que teimava em não levantar, a máxima chegou apenas a 26, e por muito pouco tempo!

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Evolução das temperaturas entre Segunda e Sábado da semana (Estação Meteo da Q. das Tílias). Um observador atento identificará dois típicos episódios de vento leste nocturno. Num deles (dia 28), a temperatura subiu de 16 para 26ºC entre as 3 e as 5 h da madrugada!

Isso foi bom, porque se trabalhou com menos esforço e… não foi necessário parar tanto tempo a seguir ao almoço!

O destino foi a zona do Chão do Linho, 600 m a montante do Feridouro, no lado norte do ribeiro. Depois de uma inspecção a algumas árvores plantadas há 4 anos, que para já não precisavam de grandes cuidados, a equipa dedicou-se sobretudo ao controlo de mimosas, cortando e aplicando herbicida na superfície de corte, mas também arrancando, quando tal era possível. Nesta zona, só em alguns locais a ocorrência de mimosas é mais densa, tratando-se sobretudo de plantas que vão aparecendo, dispersas, pela encosta. O incêndio de 2017, que queimou parcialmente esta área, também promoveu a ocorrência de plantas desta invasora.

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As antigas toiças de eucalipto vão-se decompondo lentamente, numa encosta onde os trabalhos se iniciaram há 4 anos
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Verificação do estado das árvores, implantadas num solo pobre e pedregoso
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Aqui em baixo a cistácea predominante é o Cistus psilosepalus
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Perspectiva da paisagem. Do outro lado da ribeira é o Vale de Barrocas
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As principais ferramentas do dia foram o tesourão e o pulverizador de mão.

Outros trabalhos realizados foram o cuidado de árvores instaladas, a recolha de tubos de protecção e o corte de silvado com moto-roçadora, este numa área mais plana junto ao ribeiro, que verdadeiramente justifica o nome desta área: “chão”.

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Voluntária no cuidado das árvores
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Voluntário em acção com pulverizador de mão
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Muito ocasionalmente, o arranque das mimosas era possível. Mas, em geral, o corte com aplicação de herbicida era a abordagem seguida.
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Logo ali ao lado, as águas do ribeiro

Só quando chegou a hora do almoço o sol começou a despontar entre a neblina, o que por sua vez já convidava à intimidade com as águas cristalinas e ainda abundantes do ribeiro…

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As águas cristalinas e convidativas do ribeiro
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O feto-real (Osmunda regalis), “rei” das margens do ribeiro

Desta vez o “rancho” era melhorado: um voluntário aniversariante ofereceu o almoço, que embora sendo no campo e à sombra dos carvalhos, foi de prato, e contou com iguarias várias! Finalmente comemoraram-se não um, mas dois aniversários! Parece que nasceu, assim, uma nova tradição anual. Bem, só se torna “tradição” depois de acontecer uma série de anos sem interrupção… Que responsabilidade!

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O almoço foi servido em prato pelo aniversariante, à sombra dos carvalhos do Chão do Linho
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Agora já com tudo devidamente assente…
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Embora curto, seguiu-se o relaxamento total e geral

Como o tempo ia fresco, não havia muitas razões para fazer um descanso demasiado prolongado… ainda assim fez-se, ao som relaxante das águas correntes do ribeiro e sob a luz filtrada da copa das árvores.

Com tão boas condições, a tarde foi longa e proveitosa, continuando-se os trabalhos da manhã. E foi preciso procurar voluntários, que não se tinham apercebido de que já eram 18:30h!

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Esta imagem, obtida junto ao ribeiro, tenta captar algo dos trabalhos com moto-roçadora aí realizados
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A equipa do dia

Foi um bom “arranque” no pós-confinamento. Já se antevê a próxima jornada, a última da Primavera, com um Sábado fresco, a 13 de Junho! É aproveitar porque a Primavera de 2020 não volta… E que Primavera!

Obrigado à Margarida pelas suas fotos.

Até breve.

Paulo Domingues

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