Bolotada de 7 de Dezembro

Já quase perdemos a conta às bolotadas deste Outono, e no dia 7 de Dezembro tivemos mais uma. Uma equipa pequena em número, mas grande em determinação, continuou durante a manhã a semear na zona das Costas do Rio / Pé torto, avançando para nascente a partir da área já antes semeada. Foi um trabalho difícil e exigente, devido às características do terreno: inclinado e muito irregular devido a uma mobilização antiga para plantação de eucaliptos, com muitas ramadas depositadas e ainda os fetos (em pé) da última estação de crescimento. Um daqueles locais que parece de todo inadequado para exploração florestal de eucalipto, mas nesta terra o que é que não se considera adequado, desde o proprietário ao regulador?!

Para além da dificuldade de progressão, havia ainda a dificuldade de organização da equipa no terreno: simplesmente como avançar sem sobreposições nem ausências de cobertura. Pelo lado positivo, os muitos carvalhos que íamos encontrando, demonstrando não se tratar de um terreno desadequado para a espécie que estávamos a semear. Também loureiros e murtas apareciam com frequência.

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Carga de equipamentos e materiais (PV)
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O terreno da manhã foi difícil… (PV)
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… mas a equipa progrediu o melhor que pôde
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Um terreno declivoso, já mobilizado no passado, e ainda com rebentos de eucalipto
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Os pequenos carvalhos já presentes são frequentes
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Carvalho de rebentação, após os últimos cataclismos (fogo, abate e remoção de eucaliptos) que por aqui passaram
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Um grande carvalho, do outro lado do ribeiro, já com muito para “contar”
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Lá em baixo, corriam as águas abundantes do ribeiro

A manhã foi dura mas a equipa foi progredindo em direcção à língua de terra, em forma de península, que dá o nome a este lugar: pé torto. E quando estávamos a chegar aí… acabou a manhã!

O almoço foi na base da Quinta das Tílias e de prato quente, gentileza de uma voluntária cozinheira. Como a manhã tinha sido exigente, a tarde fez-se mais leve: o destino foi a encosta em frente ao Feridouro, um terreno ainda inclinado, mas com um perfil regular e cujo matagal tinha sido recentemente cortado [A equipa de operacionais, da Associação Florestal do Baixo Vouga, esforçou-se por poupar toda a vegetação autóctone presente, e foi bem sucedida. Obrigado!]. Já tínhamos estado aí, mas numa cota superior. Avançou-se bastante, mas ainda ficou a faltar uma área em torno do principal vale que aqui se encontra. E trabalhou-se até quase escurecer, tirando-se a foto de despedida ainda no terreno, já em ambiente crepuscular.

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À tarde, já num terreno muito mais fácil de percorrer
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Um jovem loureiro, já com três palmos de altura
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Voluntário a semear, junto a um toco de eucalipto em decomposição (PV)
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Esta é, pode-se dizer, a Estação por excelência dos decompositores (PV)
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Também uma boa Estação para observar anfíbios, como esta rã, ou a salamandra-lusitânica (PV)
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Para além dos carvalhos e dos loureiros, também aqui a murta era uma planta frequente. (PV)
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A equipa do dia, ainda no terreno de sementeira

Mais uma boa contribuição para a Grande Bolotada Ibérica, e, como ainda temos bolotas e espaço para as semear, tudo indica que iremos continuar com uma Bolotada do Solstício, ou de Natal, como preferirem, no dia 21 de Dezembro, para concluir devidamente o Outono e o ano voluntário de 2019!

Obrigado a todos os voluntários e ao Paulo Vinagre (PV) pelas suas fotos.

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