A segunda jornada de Outono, e também segunda dedicada à colheita de bolota, decorreu em ambiente tão animado como a primeira e com alguns voluntários a repetir a participação, bem como outros em estreia. Por isso se fez um percurso boloteiro diferente do primeiro, apenas com uma pequena parte em comum.
Começou-se deste vez com um percurso pelos mais belos e produtivos carvalhos da Quinta das Tílias, depois de uma pequena formação em colheita de bolota. As últimas duas semanas não foram muito favoráveis à boa conservação das bolotas no solo, pois houve dias relativamente quentes e secos, pelo que era importante colher apenas as bolotas recentemente caídas e de cor bem castanha, deixando no solo as amarelas. Por outro lado, neste dia as condições eram muito boas, porque a temperatura mínima elevada não originou orvalho, o que permitiu uma colheita mais limpa, e ao mesmo tempo a temperatura máxima também já não foi tão elevada como nos dias anteriores, tornando o trabalho muito agradável.










A abundância de bolotas era grande em quase todos os carvalhos, pelo que a equipa demorou a chegar à zona ribeirinha, onde colheu também castanhas. Já a manhã se encaminhava para o fim quando se colheram as últimas bolotas no produtivo carvalho da Várzea de Além, que já tinha feito as delícias dos voluntários na última jornada.








Depois de mais um almoço “de prato” confeccionado também por voluntárias cozinheiras, e de um pequeno relaxamento, a equipa rumou ao Feridouro, já bem mais perto do Cabeço Santo, não apenas para continuar a colheita mas também para alguns momentos de observação e reflexão.



O ponto de partida foi o Vale de São Francisco, que por enquanto ainda se encontra seco. Avançou-se depois ao longo da “Quinta” do Feridouro, colhendo bolotas em várias árvores, até finalmente se chegar ao Ribeiro, que aqui apresenta umas águas muito cristalinas, convidando intensamente a uma imersão total, o que só os dois palmos de profundidade nas lagoas mais fundas o impedia.









Fez-se depois um pequeno percurso de visita, para observar um dos troços de margens ribeirinhas onde as mimosas ainda colocam grandes desafios, e uma área, também junto ao ribeiro, plantada nos últimos anos, com uma diversidade de espécies acima da média.



Quando o dia se deu por terminado, o balanço era positivo: ter-se-á colhido uma quantidade de bolotas comparável à da jornada anterior o que aproximará a colheita total de 300 kg de bolotas e castanhas e entre quarenta e cinquenta mil unidades colhidas!


Mas o desafio maior ainda está para vir: semear, nas melhores condições de sucesso possíveis, todas estas sementes. É isso que vamos fazer já a partir de 26 de Outubro, continuando a nossa participação na Grande bolotada ibérica. Mas para isso, necessitamos de uma participação voluntária acima da média. Iremos consegui-lo? Depende de vós, voluntários antigos, recentes e novos! Há, contudo, desde já que moderar possíveis excessos de voluntarismo: as zonas que vamos semear são em geral encostas inclinadas, algumas mesmo muito inclinadas, com tocos e ramadas de eucalipto no solo, onde a movimentação, com balde de bolotas e ferramenta de sementeira, não será propriamente um passeio despreocupado. É sem dúvida uma operação mais exigente do que a colheita. Mas com determinação e entusiasmo, iremos fazê-lo! A partir de 26 de Outubro, no Cabeço Santo e arredores.
Obrigado a todos os voluntários à Margarida (M) pelas suas fotos.
Paulo Domingues
Bom dia ! Grata pela partilha! Quando vai haver mais?
Obrigada,
Estela
Peço desculpa, este comentário deve ter-me passado despercebido, porque normalmente não ficam sem resposta. Em todo o caso a resposta está no blogue, na página dedicada ao voluntariado.