A última jornada de 2022 foi participada por apenas quatro voluntários, mas o programa não deixou por isso de incluir diversas actividades.
Durante a manhã, plantaram-se arbustos (murta e lentisco) nos espaços entre as árvores já implantadas, numa réplica da jornada anterior, mas com menos voluntários, e de novo com previsão de chuva para os dias seguintes a garantir uma rega de plantação. No final da manhã tinham-se plantado 115, uma boa marca para grupo tão pequeno.


À tarde os voluntários dividiram-se entre o corte de eucaliptos e o cuidado das árvores instaladas na época passada. E até mesmo algumas árvores maiores, provenientes de rebentação de raízes que ficaram no solo, receberam cuidados, sobretudo de desramação.



Tinha sido uma jornada bem produtiva a fechar o ano voluntário, culminando ainda com uma visita às Bicas de Aguadalte e à cascata do Vale de São Francisco.


Agora vamos a um pequeno balanço das actividades do ano de 2022.
Em termos de participação voluntária, melhorou em relação ao ano anterior, embora sem atingir os números pré-pandemia. Nas jornadas ao Sábado foi de 102,5 o número de de participações voluntárias (pessoasxdias), aproximados a 0,5 porque registamos como 0,5 as participações de apenas meio-dia. Aquele valor inclui o coordenador ou coordenadores das jornadas, que também são voluntários.
Para além do voluntariado ao Sábado, a direcção da ACS promoveu também a participação de voluntários do Corpo Europeu de Solidariedade (CES) integrados em programas de voluntariado no Centro de Juventude de Águeda. Estas participações decorreram à Sexta-feira ao longo de várias semanas entre a Primavera e o Outono. Foram 23 jornadas com um total de 69 participações, com acções na floresta, bioconstrução e produção de alimentos. Agradecemos o apoio da Comunidade do Feridouro nestas acções e da União de Freguesias de Belazaima do Chão, Castanheira do Vouga e Agadão com o transporte dos jovens.
Em termos de trabalhos realizados, ainda em Janeiro concluiu-se a época de sementeira de 2021/22 e prosseguiu-se com o cuidado (desbastes, desramações, cortes de silvado) da área de carvalhal da Ribeira do Tojo.
Já no final de Fevereiro, iniciou-se a época de plantação com a plantação de sobreiros e medronheiros na Costa da Malhada. Um início tardio devido à escassa chuva que foi caindo ao longo dos dois primeiros meses de 2022. Consequentemente, plantaram-se árvores até 9 de Abril, uma opção bastante arriscada, mas que acabou por ter um final feliz: embora Maio tenha sido invulgarmente quente e seco, as chuvas que caíram em Junho (e Setembro) salvaram a situação e, apesar do Julho escaldante, “descobriu-se” já em Outubro que as perdas tinham sido mínimas!
As jornadas de Primavera sofreram com a escassez de voluntários, e até a jornada de visita teve de ser cancelada porque coincidiu com um pico de temperatura!
Mas no princípio de Junho as jornadas foram retomadas, ainda que agora fosse a chuva a causar as suas perturbações. E em Julho foi o calor, fazendo com que jornadas a sério só tivessem acontecido a partir de Setembro. Algumas jornadas foram então inteiramente dedicadas ao Vale de São Francisco, removendo mimosas e mesmo fazendo algum adensamento por plantação, que envolveu a participação do colectivo “Plantar uma árvore” e os voluntários do CES.
Finalmente, já encaminhados para o final do ano, voltaram as plantações de adensamento na Costa da Malhada, agora com murtas e lentiscos, e o cuidado das árvores plantadas na época anterior.
Dignos de nota foram também o reconhecimento da ACS como equiparada a ONGA e a candidatura a duas fontes de financiamento: EOCA e Fundo Ambiental, esta última realizada pela Câmara Municipal de Águeda. As duas tiveram “sortes” diferentes, tendo apenas a candidatura ao FA sido bem-sucedida. Esperamos que chegue ao terreno em 2023.
Abracemos então o novo ano e uma forma de o fazer logo no seu início é participando nas Jornadas Voluntárias de Inverno. O anúncio será publicado em breve, mas podemos desde já informara que terão início no dia 7/1.