Começando ainda pela Sexta, 11 de Novembro, uma breve referência aos trabalhos realizados com a participação dos voluntários do Centro de Juventude de Águeda, que deram início ao aproveitamento dos grandes carvalhos cortados pelos operacionais ao serviço da E-Redes na vizinhança da linha de média tensão que atravessa o Vale de São Francisco.



Quanto à jornada de 12 de Novembro, foi muito participada, com 12 voluntários de um grupo que se auto-organizou para o evento. O trabalho teve de ser cuidadosamente ponderado para se adequar às características do grupo, tendo-se decidido trabalhar na zona da represa, margem norte, numa área ainda pouco intervencionada.
O Vale nº 1 (Corga do Ervedal) encontra aqui o ribeiro, mas a encosta adjacente está muito invadida por mimosas. Há um caminho mais ou menos paralelo ao vale, que é um bom meio de acesso à encosta, mas encontrava-se densa e impenetravelmente ocupado. Por isso, a primeira missão era desobstruí-lo, o que ocupou toda a mão de obra disponível durante a manhã, cortando com tesourões, com podadora, e arrumando lenha e ramadas.





À tarde a equipa trabalhou numa antiga várzea agrícola, já na margem da represa, cortando uma densa mancha de mimosas. Isto enquanto um tractor munido de triturador começava a triturar as abundantes ramadas que tinham ficado dos trabalhos da manhã.
Foi um dia bem aproveitado, que criou condições para que equipas mais pequenas aqui possam continuar a intervir num futuro próximo.
Pensando agora nas próximas jornadas, teremos em breve o Dia da Floresta Autóctone (23/11) , cuja jornada associada (26/11) é “tradição” celebrar com a primeira acção de plantação de árvores da época. Uma das áreas ainda com potencial para receber mais árvores é a Costa da Malhada, plantada essencialmente no último Inverno. Mas era também importante avaliar as eventuais perdas e necessidades de retancha, dado o ano seco que vivemos, e muitas árvores terem sido plantadas já no início da Primavera. Por isso se fez uma avaliação cuidadosa da área para concluir… que as perdas são baixíssimas (por certo inferiores a 5%) e quase não é necessário retanchar (por certo graças às preciosas chuvas de Junho e Setembro)! E mais: que a maior parte das árvores se encontram com boa ou mesmo excelente vitalidade!





O patente sucesso das plantações da época passada não quer dizer que não possamos fazer adensamento com outras espécies próprias do local… se entretanto as conseguirmos arranjar.
Entretanto, dados os dias chuvosos que temos tido, e as Bicas de Aguadalte se encontrarem ali mesmo ao lado da Costa da Malhada, era obrigatória uma visita, ainda que o muito que há para fazer no seu entorno não nos deixe relaxar demasiado pacificamente! Ainda no Vale de São Francisco, também uma visita à sua maior cascata, uma centena de metros a jusante das Bicas.



E assim se cria o ambiente para as próximas jornadas. Até lá!