No Sábado, 19 de Fevereiro realizou-se, finalmente, a primeira jornada de plantação de árvores na Costa da Malhada. A equipa voluntária não era numerosa, mas estava determinada, o que justificou a deslocação para o local de um tractor com um atrelado cheio de plantas, fertilizantes, água e equipamentos.



Embora tivessem chovido uns 20 mm uma semana antes e a terra já se encontrasse em muitos locais relativamente húmida, a situação de seca permanece, então, para maximizar as possibilidades das plantas, os torrões foram mergulhados em água enriquecida com extracto de alga Ecklonia maxima, para estimular o desenvolvimento das raízes.
Os voluntários organizaram-se em duas equipas de plantação, que, em cada uma, dividiram entre si as tarefas de preparar o local de plantação trazer os fertilizantes (orgânico, fosfato e adubo de libertação lenta) e as plantas, incorporar os primeiros e deixar o torrão devidamente enterrado, com uma caldeira de infiltração para recolher qualquer milímetro de chuva que caia.



As plantas foram sobreiros e medronheiros, que em princípio são as autóctones melhor adaptadas a este local, aliás, são exactamente as que se podem encontrar espontaneamente pelo terreno, embora muito dispersas e mesmo “sofridas”, pois que não só competiram durante anos, décadas, com os mais vigorosos eucaliptos, como suportaram as várias operações com maquinaria pesada que nos trouxeram até aqui: corte e remoção dos eucaliptos, destruição das toiças de eucaliptos com enxó em máquina giratória, e finalmente ripagem, também com giratória.
A ripagem foi realizada em 2021, e o ideal era as plantas terem sido plantadas logo de seguida, mas, como isso só parcialmente foi possível, agora o terreno já exigia um esforço manual maior do que nessa altura. Também o facto de ser um terreno de grande pedregosidade, não ajudava. Assim, acabou por ser um trabalho exigente, sobretudo para os voluntários de enxada na mão.




O dia estava fresco, o que ajudou, mas pelo final do dia, já com quase 400 plantas no terreno, os voluntários estavam cansados… Ainda com muitas árvores para plantar aqui, e ainda que possamos fazer mais uma jornada de plantação, se houver pelo menos seis voluntários numa próxima jornada, será certo que também será necessária aqui uma contribuição de profissionais.
No apoio a esta plantação estão várias entidades, que devem ser referidas: os parceiros do projecto Quinta das Tílias e Altri Florestal contribuíram, o primeiro com todas as operações prévias de preparação do terreno e o segundo com as plantas de sobreiro. Os patrocínios da ADRA e da Tupai, veiculados pela Quercus, ajudaram a adquirir os fertilizantes e suportarão os previsíveis trabalhos profissionais de plantação.
Plantaremos na próxima jornada? Depende, como referido acima, dos voluntários que tivermos e das condições meteorológicas, que parecem evidenciar uma melhoria em relação às últimas semanas.
Obrigado e todos os voluntários presentes e ao Fernando Leão e ao Abel Barreto pelas suas fotos.