E eis que o singular ano de 2020 chega ao fim! Não vamos insistir no facto de que este foi um ano difícil. Todos o sabem e o experimentaram, em diferentes graus. Mas olhemos em primeiro lugar para o que de positivo aconteceu no Cabeço Santo…
1) Concluiu-se a grande bolotada de 2019/20, já em Janeiro.
2) Entre Fevereiro e Março plantaram-se árvores e arbustos, no Lousadelo e nas Costas do Rio (Feridouro).
3) Entre a Primavera e o início do Verão fez-se controle de mimosas e de silvados no Chão do Linho, e cuidaram-se as árvores do Vale de Barrocas.
4) Fez-se identificação e demarcação de árvores de origem seminal na Chousa e nas Costas do Rio (Feridouro).
5) No Verão continuou o cuidado das árvores plantadas e fez-se uma rega dos arbustos plantados no Inverno anterior no Lousadelo.
6) Ainda no Verão, removeram-se eucaliptos da Lavandeira e mimosas da Pedreira. Já no início do Outono removeram-se eucaliptos das Costas do Rio (Feridouro).
7) O coração do Outono foi dedicado às invasoras com várias jornadas muito produtivas na Chousa/Costa (zona ribeirinha a jusante do Feridouro).
8) Realizaram-se duas “meias-jornadas” de plantação de árvores, no Vale da Estrela, Benfeita e Fonte do Porco.
Pelo lado menos positivo, a Associação Cabeço Santo funcionou com recursos limitados, pois não foi ainda possível recuperar os apoios regulares anteriormente existentes. Por outro lado (positivo), começou finalmente a chegar ao Núcleo de Aveiro da Quercus (parceira do projeto Cabeço Santo) um apoio da ADRA relativo a uma campanha de adesão à factura electrónica, apoio que será aplicado em trabalhos a realizar a partir do Inverno, prioritariamente nas áreas de que a Quercus é titular.
Nas circunstâncias acima referidas, ganham importância os recursos que os titulares de propriedade conseguirem aplicar, próprios ou por via de candidaturas ao PDR e ao Fundo Ambiental. O parceiro Altri-Florestal foi bem-sucedido numa candidatura a este último, conseguindo fazer importantes trabalhos de controlo de mimosas na zona da Ribeira do Tojo e avançar com a instalação da Estação da Biodiversidade. A Quinta das Tílias avançou com duas candidaturas ao PDR, cuja publicação dos resultados ainda não é conhecida, e outra ao Fundo Ambiental, esta sem sucesso. Mesmo assim, a Quinta tem realizado trabalhos desde o meio do Outono nas áreas ardidas em 2017 da Benfeita, Vale da Estrela, Vale da Várzea e Fonte do Porco: selecção de rebentos, controle de matagal e silvado, cuidados das árvores desde então plantadas e plantações de adensamento.
Portanto, apesar das dificuldades, as coisas vão-se fazendo, ainda que não ao ritmo que gostaríamos. Vamos então abraçar 2021 com uma agenda de jornadas de Inverno tão ambiciosa como nos “bons velhos tempos”! O anúncio vem já a seguir.

Bom ano de 2021 para todos!
A equipa da ACS.