Jornada de visita

Num dia fresco e depois de alguns dias de chuva, realizou-se a jornada de visita ao Cabeço Santo no dia 11 de Maio. Reunido o grupo junto à capela do Feridouro, iniciou-se a subida do cabeço com o Vale de S. Francisco à vista, como é habitual. Algumas melhorias desde o ano passado aí podiam ser observadas, resultantes dos trabalhos realizados por uma equipa da Associação Florestal do Baixo Vouga no coração do vale.

A chegada ao terreno da Quercus é sempre um momento especial, não obstante poucos trabalhos aí se terem realizado nos últimos anos. Depois, o atravessamento de uma parcela de 6 ha cujo eucaliptal foi recentemente removido e que se prevê reconverter, sendo a conservação uma das principais funções a implementar. Finalmente a subida final até à cota dos 380 m e respirar de alívio!

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O terreno da Quercus no Cabeço Santo
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O atravessamento, algo árido, de um eucaliptal recentemente cortado mas com reconversão prevista
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Com a chegada à cumeada entre os vales nºs 1 e 2, começaram a aparecer coisas interessantes. Aqui Halimium ocymoides habitado

No antigo caminho de serviço da mata da Altri Florestal revimos algumas das espécies florísticas mais características do monte, e que é sempre emocionante reencontrar, por vezes apenas uma vez por ano!

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Já no antigo caminho da mata, bole-bole e batón-azul.
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Rosmaninho e o seu cortejo de insectos
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Vegetação rupícola, sobretudo do género Sedum
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Camomila e dente-de-leão
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A única árvore de toda esta área já existente antes de 2005, um sobreiro
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Um lagarto veio ver o que se passava
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Insecto em flores de urze-das-vassouras (Erica scoparia)
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Bonita composição espontânea de rosmaninho e salsaparrilha-bastarda
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Perspectiva, lá de cima do terreno das Bicas de Aguadalte (6 ha), a reconverter
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Anarrhinum bellidifolium
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Perspectiva, lá de cima, da área do Vale de Barrocas, no cabeço do Meio, já em processo de reconversão.
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Um dos poucos carvalhos existentes nesta zona do cabeço, com uma construção singular não identificada
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Participante deleitando-se com o jardim espontâneo
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O vale nº 5, quase a terminar esta interessante parte do percurso

E assim se atravessaram as cabeceiras dos vales nºs 2 (Vale de S. Francisco), 3, 4, 5, e o 6 já na descida.

A descida de volta à zona ribeirinha é sempre a parte mais apressada da visita, não apenas por ser a descer, mas por aí dominarem eucaliptos e mimosas, estas sobretudo na zona inferior do vale nº 7, que não se chega a atravessar. Para compensar, a chegada ao ribeiro é sempre muito agradável.

Depois da ponte pedonal inicia-se o percurso ribeirinho, e, ao longo dos 700 metros seguintes usufrui-se da sombra e da frescura proporcionada pelas muitas árvores que aqui foram plantadas e protegidas ao longo dos últimos nove anos. Ainda com dois atravessamentos do ribeiro um tanto precários, mas esperam-se melhorias para um futuro próximo.

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Um dos atravessamentos precários do ribeiro
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O percurso prossegue, agora sob as copas dos carvalhos plantados e recuperados pelo projecto ao longo da zona ribeirinha
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Fila para outro atravessamento precário

A zona ribeirinha do “Pé torto”, em muito mau estado, ainda se encontra à espera da intervenção de uma equipa profissional, pelo que, de momento, não é de visita muito atractiva. Deste modo, cortou-se caminho pelo acesso principal, em direcção a Vale de Barrocas, para apreciar o estado de uma área onde se têm realizado os principais trabalhos mais recentes do projecto. Aí se desceu ao ribeiro, para retomar o percurso do PR8.

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À chegada ao Vale de Barrocas, um carvalho de origem seminal
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Perspectiva do Vale de Barrocas

E daí até ao Feridouro foi um saltinho, sempre acompanhando a encosta ribeirinha da margem norte do ribeiro. A chegada ao Feridouro, com os seus grandes carvalhos dando um belo enquadramento ao património construído, é um momento que dá gosto reviver cada ano.

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Depois do último atravessamento do ribeiro
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Carvalhos da zona ribeirinha do Vale de Barrocas
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A chegada ao Feridouro

E a jornada foi encerrada com o tradicional almoço junto à capela do Feridouro, já com um número diminuído de participantes.

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A foto de um grupo de participantes já reduzido, depois do almoço junto à capela do Feridouro

Foi bom, mas agora estamos quase a voltar ao trabalho! Muito calor previsto para dia 1! Vamos tentar adaptar-nos o melhor possível! Até lá.

Paulo Domingues

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