Depois de mais uma semana com temperaturas elevadas, de um Outono que se quer fazer passar por Verão, o Sábado, 29 de Setembro, foi já mais fresco, tornando o trabalho voluntário uma actividade menos suada.
Os 8 voluntários presentes iniciaram os trabalhos pela zona do Vale de Barrocas, onde o incêndio de 2017 fez germinar muitas sementes de mimosa, mas onde os carvalhos, quer sobreviventes ao fogo, quer em vigorosa rebentação de toiça, quer ainda em germinação, são já abundantes. Trabalhou-se ao longo da margem do ribeiro, começando exactamente na “foz” do Vale de Barrocas e progredindo para jusante, onde a certo ponto começam a revelar-se antigas “micro-várzeas” agrícolas, há muito tempo abandonadas. O silvado e outra vegetação espontânea dificulta muito a progressão neste terreno, mas os voluntários deram o seu melhor.






Já com a manhã adiantada a equipa subiu a encosta para arrancar eucaliptos de origem seminal e cortar rebentos de toiças que ainda não “desistiram”. Os eucaliptos de semente são fáceis de arrancar, mas quando se apresentam em mancha, são por vezes às dezenas por metro quadrado. É como arrancar ervas daninhas na horta!

Depois do almoço, desta vez confeccionado pelo Jorge Morais, e de um merecido descanso à sombra dos carvalhos do Cortinhal, a equipa deslocou-se a jusante do Feridouro, até à zona da Chousa. Aqui, numa antiga várzea mobilizada que já esteve densamente ocupada por mimosas, as árvores plantadas nos últimos dois anos usufruem do solo fértil, mas a competição com as herbáceas espontâneas é “feroz” e as mimosas teimam em voltar uma e outra vez: é preciso paciência e persistência! A equipa varreu a pequena várzea e depois passou para sul do ribeiro, onde, na encosta, as mimosas formam por vezes uma barreira intransponível. Arrancaram-se, cortaram-se, desbastaram-se mimosas, recuperaram-se árvores e arbustos espontâneos em rebentação, mas a progressão foi lenta, tal era o volume de trabalho necessário por metro quadrado. Como sempre, é necessário voltar, voltar, voltar!







Alguns voluntários tinham vindo de longe e era necessário terminar, o que se fez com a foto “de família”. Obrigado a todos, e até breve!
Paulo Domingues
Que maravilha a cuidar da Natureza.