4ª jornada de Inverno

À última jornada voluntária, a 4ª do Inverno, compareceram 11 voluntários. A recebê-los, como já se previa, estava um radioso dia de “pré-Primavera” e quase 300 árvores para plantar, quase sempre em condições difíceis.

Logo para começar, uma área imediatamente a montante da represa já sujeita no passado a uma mobilização de solo muito disruptiva, e cada vez mais declivosa à medida que se ia progredindo para montante. Árvores a plantar: carvalhos, sobreiros e medronheiros. A selecção de bons locais de plantação era aqui o principal desafio.

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Foi aqui, no “corredor ecológico ribeirinho” que se deu início aos trabalhos deste dia
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O terreno não era fácil, mas isso não desanimou os voluntários
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Pelo final da manhã já se tinha chegado às terras da Chousa. Alguns voluntários já ansiavam por um pequeno descanso à beira rio, outros estavam ainda cheios de energia!

Ainda durante a manhã avançou-se até à zona da Chousa, onde existiam duas pequenas antigas leiras agrícolas, uma de cada lado do ribeiro. A da margem direita foi parcialmente “engolida” pelo leito do ribeiro, devido à acumulação de madeira no leito original, e que originou que a água fosse completamente desviada dele, “escavando” um novo leito na terra, um assunto ainda a merecer atenção durante este ano. Deste modo, foi sobretudo na outra leira, do lado sul do ribeiro, que se plantou, tendo sido necessário improvisar uma ponte. Esta leira não tinha, mesmo no passado, qualquer caminho de acesso, tendo sempre que se atravessar o ribeiro para lá chegar. Aqui, naturalmente, era muito mais fácil plantar do que nas encostas íngremes e pedregosas, mesmo tendo em conta que a leira esteve até recentemente densamente ocupada com mimosas e que os tocos não foram arrancados. Com a experiência já adquirida pelos voluntários em terreno muito mais difícil, aqui quase pareceu um passeio de fim de semana!

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Improvisou-se uma ponte para a outra margem. Mas alguém haveria de ir à água! Só as botas, felizmente!
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A carga incluiu não apenas árvores, adubos e ferramentas, mas também alimentos para os voluntários
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Assim, mantiveram-se satisfeitos toda a jornada, não obstante as dificuldades… e os incidentes
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Aqui, na leira da margem sul, era fácil plantar, o solo parecia manteiga! Não obstante estar cheio de tocos de mimosa.
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Os castanheiros eram já da colheita de castanhas do ano anterior
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Voluntário polivalente

Depois do almoço, que voltou a contar com o apreciado pão de Belazaima, e com as energias retemperadas, foi altura de abordar de novo um terreno difícil: a encosta adjacente às terras da Chousa. Aqui o terreno, que tinha sido previamente limpo por meio de uma queimada controlada, parecia ser muito pedregoso, mas depois, afinal, e com uma boa sintonia dos voluntários com o espaço, era possível encontrar muitos locais adequados para plantar. E aqui se passou boa parte da tarde.

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Uns com mais frio, outros com menos!
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À tarde voltou-se a terreno difícil: uma encosta pedregosa
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Umas vezes com mais pedra, outras com menos!
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À esquerda, para o Feridouro, à direita para a Chousa: um local para memória futura

Já com o dia a encaminhar-se para o fim, a equipa deslocou-se até um local um pouco a montante, onde tinha havido uma preparação recente do solo com uma máquina, pela qual tocos de mimosa e eucalipto tinham sido arrancados e a superfície do solo tinha sido regularizada. Aqui não se chegou a plantar nenhuma árvore: optou-se por fazer uma arrumação dos tocos, preparando o espaço para uma plantação posterior. E será exactamente por aqui que começaremos na última jornada de plantação e do Inverno, no dia 19 de Março, assim as condições meteorológicas o permitam.

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Arrumação de tocos numa área trabalhada com uma máquina
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Todos menos um dos voluntários presentes nesta jornada

Tinha sido uma excepcional jornada de plantação, com quase 300 árvores plantadas (carvalhos, medronheiros, sobreiros, castanheiros, amieiros-negros)! Uma jornada só possível devido à grande generosidade dos voluntários, alguns deles vindos de longe, generosidade que frequentemente não se limitou à participação no terreno, mas que se estendeu à disponibilização de boleias (António Vidal e M), e mesmo de espaço de pernoita para um dos voluntários (Paula). Os créditos fotográficos da jornada vão sobretudo para a Teresa Markowsky, embora também haja umas de outros olhares. Uma colecção mais vasta de fotos da jornada pode ser apreciada na página do projecto no Facebook.

Vamos fechar com chave de ouro esta série de jornadas de Inverno de dicadas à plantação de árvores? Com chuva ou com jornada, S. Pedro que decida!

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