A primeira jornada de Verão foi uma jornada pouco participada mas para “compensar” os voluntários presentes aproveitaram ao máximo a frescura do dia e aplicaram-se com dedicação ao trabalho de controlo das mimosas numa expressiva extensão de margens do Ribeiro.
Toda a área neste dia trabalhada já tinha sido alvo de uma jornada de trabalhos de acompanhamento, para além, claro, dos trabalhos iniciais de corte e pulverização extensiva das mimosas. Mas mesmo assim as mimosas presentes ainda eram muitas, como se pode constatar pelas imagens, demonstrando a persistência que este trabalho exige. E eram muitas, particularmente na zona mais difícil, nas próprias margens do ribeiro, onde o declive e a lenha depositada ainda presente mais dificulta as intervenções. Mas a equipa deste dia tirou partido de o caudal do ribeiro ser pequeno nesta altura do ano, para intervir de forma o mais eficaz possível usando tanto a técnica do descasque como a do corte com tesourão ou moto-podadora seguido de aplicação de herbicida na superfície de corte.




Já à tarde ainda foi tempo de realizar mais alguns trabalhos de limpeza da vegetação concorrente junto das árvores aqui plantadas em 2010, e também de parar um pouco para admirar os carvalhos que já atingem, nos melhores solos, alturas de mais de 2 metros, e outras coisas belas que apesar de tudo por aqui aparecem como a singular Polygonia c-album, que generosamente nos concedeu algumas fotos.




A pequena equipa terminou o dia com cansaço mas satisfeita, e compreendendo melhor porque não são, em geral, muitos os voluntários: trata-se de um trabalho num terreno nada fácil, pelo declive e a lenha depositada; os resultados vão-se vendo mas lentamente, com avanços e recúos, num mundo em que tudo se quer vertiginoso e com resultados rápidos e de preferência espectaculares; nem sequer se está a salvar nenhum animal raro nem nenhuma área protegida; se se descansa um pouco num tapete de gramíneas corre-se o risco de apanhar uma carraça, e as moscas, essas, não dão um minuto de descanso; as ferramentas – o tesourão, a navalha, a moto-roçadora, a motosserra – não são exactamente brinquedos, e algumas fazem barulho; usa-se um produto químico tóxico, pelo menos para as plantas – o herbicida; a esmagadora maioria dos voluntários, por estranho que possa parecer, trabalha para recuperar uma paisagem que não é a do seu quotidiano, e muitas vezes terminam cada jornada sujos e suados; a comida não tem muitas variantes… Como se vê, não se pretende iludir ninguém, embora nem todos os inconvenientes estejam presentes em todas as jornadas. E agora, ainda há voluntários para a jornada de aniversário, ainda por cima de dois dias?!
É verdade, esquecemo-nos de tirar a foto de despedida!!
Até lá.
Parabéns pela reportagem, mais uma vez é bom saber que as coisas estão a avançar. Melhor seria haver mais gente disposta a saborear estes momentos de trabalho voluntário, mas melhores dias virão, porque quando os resultados são visíveis a malta anima-se. Eu vou à jornada dupla, já está no calendário!