A Jornada do último Sábado foi, como previsto, inteiramente dedicada à sementeira directa de bolotas de carvalho-roble. Depois de uma prolongada seca, as primeiras chuvas tinham caído durante a semana anterior, criando condições favoráveis.
As bolotas, colhidas na última jornada de Verão, tinham estado numa câmara frigorífica com humidade elevada, a fim de conservar o melhor possível a sua vitalidade e retardar a germinação. Aliás, num ano como este, depois de várias semanas de seca, temperaturas elevadas e baixa humidade atmosférica, é pouco provável que ainda haja bolotas viáveis no campo, mesmo enterradas pelos animais: em más condições, as bolotas perdem vitalidade rapidamente.
Os alvos prioritários deste dia de sementeira eram os vales nº 5 e nº 7, nas zonas onde se realizaram em Março último queimadas controladas do material lenhoso depositado.
A equipa, de 6 voluntários, começou por se dirigir para o vale nº 5. Munidos de ferramentas meio improvisadas para abrir pequenos rasgos no solo, e de baldes ou sacos de bolotas, os voluntários espalharam-se pelo terreno, foram procurando os melhores locais e depositando bolotas, tendo o cuidado de deixar cada local o mais discreto possível para não atrair predadores.





De manhã o sol brilhava num céu quase sem núvens, e pareceu ser um dia próprio para usar um equipamento já longamente anunciado: um forno solar. E de facto, pelas 12h, alguns alimentos para o almoço aí foram introduzidos. Menos de cinco minutos depois uma extensa núvem alta cobria o sol durante cerca de uma hora!… Felizmente os alimentos eram pré-cozinhados e mesmo assim ainda aqueceram! Mas não haveria se ser o único incidente do dia: já perto do final da manhã, uma voluntária espalhava-se em cheio sobre um silvado! Felizmente nada de grave, apenas alguns picos aqui e ali… E finalmente, os sumos para o almoço tinham ficado em casa… Mas nada disto foi suficiente para desanimar os voluntários, pelo menos assim pareceu…

À tarde a equipa deslocou-se até ao vale nº 7. Aqui as condições não são tão fáceis, devido ao declive do terreno no coração do vale, o seu carácter rochoso em muitos locais, e à lenha, que apesar da queimada, ainda lá ficou depositada. Este vale é mais um gritante exemplo do estado de degradação a que chegou esta paisagem e do muito trabalho que requererá recuperá-la. Os primeiros passos foram dados em 2009 e 10 com o corte da vegetação exótica e invasora e pulverização da rebentação. Esse processo foi quase concluído em 2011 com a queimada, corte de vegetação exótica remanescente e nova pulverização… Agora a sementeira, depois talvez plantação, controlo das plantas remanescentes de acácias e eucaliptos… e o trabalho continua ao longo dos próximos anos.




O dia foi conlcuído já com considerável cansaço dos voluntários de novo no vale nº 5, mas agora numa área mais a jusante do vale, aonde não se tinha chegado de manhã. As prioridades tinham sido atingidas! Em Março próximo o sucesso desta operação será avaliado.

Depois de um recuperador lanche os voluntários tomaram os seus frascos de 150g de mel Cabeço Santo e regressaram a casa. Um momento, 150g? Não eram 200? Pois, a verdade é que tinha havido um erro e os frascos de oferta só têm de facto 150g de mel! Em contrapartida fica aqui desde já decidido que os voluntários receberão um frasco de mel em todas as participações e não apenas na 1ª, 3ª, 5ª, etc. como tinha sido definido. Isto, claro, até se esgotar o stock de 2011.

As jornadas voluntárias continuam em Novembro! Até lá.
P. D.