Numa jornada marcada pela incerteza meteorológica, dois voluntários, indiferentes às previsões, vieram até Belazaima. A jornada, com efeito, esteve quase para ser cancelada, mas o entusiasmo dos voluntários impediu-o. Por isso, pouco depois 9:30 aí estava a equipa a caminho do Cabeço Santo. Dado que a vegetação estava molhada começámos por iniciar uma “inspecção” às áreas ribeirinhas plantadas durante o Inverno, realizando pequenos trabalhos de ajuda às plantas: endireitar um tubo aqui, arrancar uma herbácia ou um feto ali, verificar onde é necessária uma intervenção mais mecanizada a curto prazo… Assim se foi passando a manhã com um aguaceiro de vez em quando a testar a persistência dos voluntários.



O almoço fez-se aproveitando um aguaceiro mais longo à mesa da casa de Sta. Margarida, mas o vento frio que entrava pelas janelas sem vidros não nos deixou relaxar muito.
A seguir ao almoço, quando realizávamos uma inspeção da área junto à cabeceira do vale nº 2, o aguaceiro parou e parecia que se preparava uma tarde luninosa. Foi então que a equipa decidiu trabalhar mais a sério, “atacando” em força uma mancha de acácia-de-espigas. Mas, passados uns 20 minutos, já quase todas as calças se encontravam encharcadas (devido à vegetação molhada) e um novo aguaceiro veio dar “uma ajuda” para molhar o resto…
Então decidimos passar a outro trabalho: No dia anterior tinha-se realizado uma queimada ao longo do vale nº 3 para libertar esse vale da densa camada de ramada seca aí deixada após os trabalhos de corte do ano passado. Foi um trabalho realizado por uma equipa de 8 homens da Associação Florestal do Baixo Vouga, sem o qual seria muito difícil replantar o vale. Aliás, um trabalho que tinha sido, também ele, abruptamente terminado por uma chuvada. Então, andámos a semear esse vale com sementes de lentisco, aderno e medronheiro. Tratou-se de uma sementeira a lanço, com sementes que já não teriam outra utilização, esperando que pelo menos algumas delas acabem por germinar.

Finalmente, ainda a tarde ia a meio, decidimos regressar, mas não sem antes fazer uma última inspecção, relacionada com uma nova “geração” de plásticos pendurados em árvores cuja presença se constatava no Cabeço Santo. Inspecção que acabou por se transformar em agradável visita, a fazer esquecer a roupa molhada…

Com todas peripécias deste dia, nem a foto final se tirou… Mas os valorosos voluntários foram os mesmos da 1ª jornada desta Primavera. O Cabeço Santo agradece.
P. D.