No Sábado, dia 17 de Outubro, após mais uma semana meteorologicamente imprópria, durante a qual temperaturas elevadas, baixa humidade relativa e ventos de leste fortes quase fizeram evaporar toda a frescura que a chuva da semana anterior tinha trazido, um pequeno grupo de voluntários reuniu-se para mais uma jornada de trabalho. Desta vez um grupo singular, compreendendo três gerações: avó, mãe e neta.
Os trabalhos iniciaram-se com uma hora de colheita de bolotas e castanhas no carvalhal já conhecido. Pelas 11 horas, contudo, já se rumava ao Cabeço a fim de aproveitar a frescura da manhã, pois que, ainda com vento de leste, a tarde se previa quente. Assim, durante o resto da manhã semearam-se bolotas de sobreiro e carvalho naquela área já trabalhada pelos voluntários da semana anterior. Mas não só, fez-se outro trabalho absolutamente essencial para a recuperação deste espaço: o corte e o arranque de plantas de Acacia longifolia. No final da manhã este trabalho era já visível no espaço, mostrando como uma pequena equipa aplicada pode fazer “milagres”.
À tarde e aproveitando o facto de o almoço se ter confortavelmente tomado na cozinha da Casa de Santa Margarida, fez-se uma sementeira de bolotas de carvalho roble na área circundante, talvez a área em que as plantações do Inverno passado foram menos bem sucedidas. O que é estranho: esta área havia sido previamente mobilizada, o solo é relativamente fértil, e a água abundante. Mesmo agora, depois de dois meses e meio de seca, ainda nasce ali água em vários locais, não obstante estarmos quase na cabeceira do monte. Mas a verdade é que os javalis destruiram dezenas de plantas e outras não se desenvolveram da maneira esperada. Veremos os resultados da sementeira.
Depois continuámos em torno do vale 4b, um local em que as árvores plantadas (carvalhos) se apresentam com muito bom aspecto. Semeámos aqui bolotas de sobreiro, numa perspectiva de consociação. Mas o calor da tarde e as dificuldades do relevo começaram a cobrar o seu tributo, levando as voluntárias mais frágeis aos seus limites! Mesmo assim ainda se concluiu o dia com uma pequena sementeira junto ao Ribeiro, também numa área já plantada e onde, apesar de os sobreiros plantados se encontrarem com óptimo aspecto, foram alvo já em Setembro de uma investida dos javalis que, se não os arrancou, pelo menos deixou alguns deles meio tombados! Quem sabe como fazer a paz com os javalis?!



Um obrigado às voluntárias pelo seu esforço.
Paulo Domingues
Olá!
Fiquei mesmo feliz por ver que há novas voluntárias! Espero que voltem e que essa volta coincida com uma das minhas presenças. Bem vindas!
Quanto aos javalis: lembras-te de eu ter falado em perfume como prejudicial à caça? Que tal pulverizar com um cheirinho humano as bolotas? 🙂 Eu sei que é uma ideia disparatada… Beijinhos!
Olá Esteva,
Obrigado mais uma vez pelo teu entusiasmo.
Mas fiquei com uma dúvida: como se pulverizam as bolotas com um cheirinho humano?!
Abraço e até breve.
Paulo Domingues
Pois, esse é que é o problema… Que tal fazermos uma campanha de recolha de perfumes que as pessoas já não queiram? 😀 Coitadinhas das bolotas! Mais vale semearmos muitas, a contar já com os javalis.
E por falar nisso, sabes se houve muito estragos nas bolotas que semeámos há umas semanas?
Beijinho.
Quando andámos lá no Sábado, 17, não havia sinais de buscas. Mas os javalis não são os únicos predadores. Os pequenos roedores são em maior número e deixam poucos vestígios. A prova final será a emergência das plantas, na Primavera. Por isso há que esperar para ver.
Abraço e até breve.
Paulo