Graças ao empenhamento da equipa de operações da nova Associação Cabeço Santo, foi possível criar as condições para a realização desta jornada, muito em particular pela conclusão de um processo de análise, discussão e finalmente contratação de um seguro que permita aos voluntários participar com mais confiança.
A segunda jornada de plantação decorreu num dia com temperaturas primaveris, e teve como alvo a encosta voltada para a aldeia do Feridouro, conhecida como “Costas do Rio”, em fase inicial de intervenção e onde já se semearam bolotas.

Um grupo foi até à aldeia do Feridouro, enquanto a carrinha com outro grupo e todo o equipamento seguiu pelo antigo caminho para Belazaima-a-Velha, inacessível a automóveis.


Meios perdidos na “selva de eucaliptos” os dois grupos tiverem dificuldade em se juntar de novo, mas ainda bem que conseguiram, pois é sabido que nesta “selva” a comida não abunda…

Após uma breve demonstração sobre como se planta uma árvore, equipas de plantação coordenadas distribuíram-se pelo terreno.


Descendo a encosta desde o caminho para Belazaima-a-Velha, as espécies de arbustos a plantar foram-se tentando adequar aos locais de plantação: pilriteiro e folhado nos locais de maior fertilidade e lentisco, murta e aderno nos de solo mais delgado. Sobretudo para estes últimos, nem sempre foi fácil a tarefa de encontrar sítios de plantação para eles, pois a picareta quase sempre parecia apontar a uma rocha…

As temperaturas elevadas não eram propriamente uma ajuda, mas a orientação norte da encosta e a sombra dos eucaliptos ainda existentes no terreno eram factor moderador. As (famosas) laranjas do Feridouro também ajudaram, claro…

Depois da exigente manhã, a hora do almoço chegou para retemperar as forças dos voluntários. Desta vez foi em forma de piquenique, no campo, com um menu quase tão antigo como o projecto…. mas ainda funciona, porque, para além do reforço das forças físicas, parece também ter sido produtivo ao nível das ideias, que brotaram como cogumelos, desde o tema “Quinta do Feridouro” até ao logotipo da Associação Cabeço Santo!

Não havendo tempo para pausas depois do almoço, os trabalhos continuaram, aproximando-se cada vez mais do ribeiro. Por diversos locais da encosta foi-se constando a presença de carvalhos de rebentação (estes a precisar de selecção de varas), sobreiro, amieiro negro e loureiro em germinação.


A tarde avançava, o ribeiro ia ficando mais próximo e o stock de árvores ia diminuindo, mas as forças iam-se esgotando outra vez, pelo que um lanche no próprio local foi uma solução oportuna.
Depois de uma tarde produtiva (mas foi mesmo produtiva, não é piada de Carnaval!), chegava finalmente o momento da foto de encerramento para memória futura, onde falta já um participante.


Um bem-haja a todos e um agradecimento muito especial pelas fotos à Margarida Fonseca e ao Paulo Vinagre.
Aqui fica o convite para se juntarem a nós na próxima jornada, a última da agenda de Inverno de 2020, no dia 7 de Março, enviando a vossa inscrição para cabsanto@gmail.com
Até lá!
Pela equipa do Cabeço Santo
Jorge Morais e Paulo Domingues