O dia 3 de Fevereiro acordou frio e com algumas previsões de chuva na bagagem, mas não suficientemente “pesadas” para aconselhar o cancelamento da prevista jornada. Com menos voluntários do que em jornadas anteriores, é certo, mas inversamente com mais gargantas roucas, mesmo assim, 14 voluntários não quiseram perder mais esta jornada de plantação de árvores. Nota positiva para os aguedenses, que, sem contar a organização, atingiram o número de 4 voluntários (seriam 5 se uma inscrita não tivesse adoecido!), a maior parte deles estreantes, mas, já que se fala deles, devem-se mencionar os restantes, vindos de bem mais longe e alguns com regularidade: Vila Nova de Gaia, Porto, São João da Madeira, Aveiro, Viseu, Figueiró dos Vinhos!
Pelas 9:30 h ainda não se tinham atingido 5 ºC e o céu cobria-se de um denso cinzento, mas já os voluntários se deslocavam até à Fonte do Porco, uma área da Quinta das Tílias ainda bem perto de Belazaima.
A área em questão, com cerca de 5,3 ha, já em parte tinha usufruído de um processo de reconversão desde 2005, ganhando algumas manchas de carvalhal, sobretudo ao longo dos vales, mas o incêndio de Abril de 2017 afectou-a profundamente, tendo muitos carvalhos perdido a parte aérea devido à intensa combustão da massa de fetos secos ainda presentes nessa altura do ano.


No entanto, o local onde iriamos plantar neste dia ainda tinha eucaliptal em 2017. Este foi entretanto removido e parte da área foi sujeita a um trabalho mecanizado de arranque de tocos e depois de sub-solagem. Isto foi possível contudo apenas nas encostas de menor declive, tendo as de maior de ficar para um trabalho exclusivamente manual (na falta da ansiada retro-aranha!).
Deste modo, os voluntários deste dia puderam trabalhar em solo mobilizado, o que facilita as operações de plantação, particularmente a abertura da cova.
As espécies plantadas foram, entre as árvores, o sobreiro e o carvalho-negral, mas houve um voluntário que se dedicou também à sementeira de bolotas de carvalho-roble. Entre os arbustos plantaram-se medronheiros e murtas.






A manhã decorreu com animação, tendo-se superado as expectativas em número de árvores plantadas!
Depois do já habitual almoço vegetariano na base de operações da Quinta das Tílias, regressou-se ao terreno, mas ainda não eram 15 horas quando um chuvisco frio acompanhado de vento começou a fustigar a equipa. Alguns voluntários ainda ensaiaram um trabalho de corte de rebentos de eucalipto nas partes da encosta onde a máquina não pôde chegar, mas rapidamente ferramentas e luvas começaram a ficar enlameadas e cada vez mais os voluntários tinham de se refugiar dentro dos seus casacos… Com muitos vírus à espreita, não se podia continuar! Deste modo, regressou-se à base da Quinta onde se tirou a “foto de família” e se encerrou, prematuramente, a jornada. Paciência, ainda haverá mais oportunidades este ano!




As fotos são da voluntária Liliana Meleiro. Há mais na página do projecto no Facebook. Obrigado a todos os voluntários! As plantações continuam dia 17 e dessa vez iremos, em princípio, para mais perto do Cabeço Santo.
Paulo Domingues
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