Ainda não eram 9 da manhã do dia 12 de Maio quando um grupo de voluntários, pequeno em número mas grande em convição e determinação, se dirigia já para o Cabeço Santo, indiferente às expectativas de um dia bastante quente, o que para trabalho é sempre desfavorável. Mas, para amenizar o esforço, a equipa passou o dia todo junto ao Ribeiro de Belazaima, bem perto da água que graças às abundantes chuvas de Abril, corre com generoso caudal.
A primeira paragem foi na área de trabalhos da jornada anterior, para acabar de “tratar” de algumas mimosas usando a técnica do descasque.


Depois avançou-se 100 metros para montante, para libertar do silvado alguns carvalhos e azevinhos aqui plantados em 2010. Todos se encontram com boa vitalidade, só que o silvado cresce aqui com tal força, que se não fosse cortado pelo menos duas vezes por ano, abafaria por completo as pequenas árvores. Neste local a vegetação ribeirinha apresenta já uma boa evolução.



E foi tempo de avançar mais 100 metros para montante, para junto do local onde sobreviveu uma pequena galeria ripícola de salgueiros e alguns, poucos, carvalhos. Junto e dentro desta mancha de árvores já grandes também havia mimosas que foram cortadas ou descascadas.


Mas o principal trabalho estava na encosta adjacente da margem esquerda, uma área que já foi eucaliptal, e que agora tem um carvalhal em recuperação, mas ainda com muitas plantas de eucalipto e mimosa no seu interior. Aqui foi sobretudo um trabalho de tesourão e pulverizador de mão. Mas junto ao ribeiro já se podiam encontrar mimosas com quase 10 m de altura, com apenas 2 a 3 anos de crescimento! Estas cortaram-se com motosserra, para dar luz aos carvalhos que por aqui foram plantados. Também os salgueiros aqui plantados em 2010 parecem estar agora a “arrancar”. Já do outro lado do ribeiro a situação é mais sombria. No local onde os trabalhos junto ao ribeiro começaram em 2009, apesar da abundância de carvalhos, ou por causa dela, a ocorrência de mimosas ainda é um pouco assustadora.



O dia acabou por não parecer tão quente como estava prometido e foi terminado junto à represa que alimentava a antiga levada e que agora servirá de trilho pedestre. A pequena lagoa criada pela água em queda estava apetecível para um banho que todos os voluntários bem precisavam, mas como o relógio não parava e havia voluntários com horários apertados, foi tempo de terminar, já passava das 18 horas, sem banho de imersão, este grande dia de trabalho voluntário!




Estas e outras fotos em tela cheia disponíveis em:
http://www.flickr.com/photos/cabeco_santo/sets/72157629710714070/
Até breve.