No maior Sábado do ano de 2010, com quase 15 horas de sol, um grupo de 6 activos voluntários reuniu-se para uma grande jornada de trabalho voluntário no Cabeço Santo. Para grande contentamento dos voluntários, o sol contudo já só se mostrou bem depois do meio dia, devido à neblina matinal, que fez dele um dia bastante fresco, óptimo para um trabalho exigente, como foi o deste dia.
De facto, aproveitando a frescura do dia e o número de voluntários, foi proposto ao grupo o “ataque” a uma das manchas de acácia-de-espigas que nesta altura se mostrava mais preocupante. A cabeceira do vale nº 3 é, com efeito, a última área onde a distribuição desta planta ainda não se pode considerar controlada, pois que era a área onde já existia a maior, mais extensa e densa mancha de plantas desta espécie antes do incêndio de 2005, situação agravada depois do fogo. Depois de, nos primeiros campos de trabalho em 2006, praticamente não se ter conseguido intervir aqui, quando, em 2007, os primeiros trabalhos aqui foram realizados já as acácias tinham em muitos locais crescido mais de 2 metros, e com uma densidade que tornava a formação impenetrável.


Do lado de cima do caminho florestal, mais agreste mas com mais vegetação nativa, a intervenção abrangeu praticamente toda a área não plantada, enquanto que abaixo do caminho apenas se abriram umas “galerias”, tentanto compartimentar a mancha. Só em 2009 toda a área abaixo do caminho foi cortada, mas com motoserra, o que deu origem a extensos rebentamentos. Acima do caminho, no limite da zona antes explorada, ficou uma área onde a intervenção foi sempre pontual, o que originou uma mancha densa de acácias, muitas delas já só possíveis de serem cortadas com a motosserra. Na imagem do Google Earth, anterior a 2005, ainda é possível distinguir a área então explorada e posteriormente reconvertida. O local assinalado foi o alvo dos trabalhos deste dia, aí se tendo trabalhado, com tesourões e uma pequena motoserra, durante toda a manhã e parte da tarde. Já seriam 16 horas quando se passou ao vale 4b para observar os carvalhos aí plantados e fazer um pouco de trabalho de corte dos eucaliptos ainda presentes dentro da área de reconversão.




Finalmente, pelo final do dia, descemos ao Ribeiro para observar as árvores plantadas e fazer um pequeno percurso pedestre, para que os novos voluntários ficassem a conhecer um pouco melhor o que aqui se tem feito. E eram já quase 19 horas deste agradável dia quando se tirou uma foto do grupo junto ao Ribeiro e, cansados mas satisfeitos, os voluntários se prepararam para regressar à “civilização”.

Obrigado a todos os voluntários.
P.D.