Como devem ter reparado, as notícias do projecto têm sido escassas ultimamente. A razão principal para isso é que os trabalhos em curso ultimamente têm sido principalmente de “papel e lápis”, o que não se presta muito a ser noticiado. Mas, para compensar essa ausência, aqui vai uma novidade importante: como se devem recordar, foi submetida em Junho uma candidatura ao fundo ONG – Ambiente do Espaço Económico Europeu, a fim de obter apoio para os trabalhos do projecto no próximo ano e meio. Houve 143 candidaturas, das quais 110 foram avaliadas e as restantes eliminadas por razões processuais. De acordo com um resultado ainda provisório mas já suficientemente seguro, o projecto “Recuperação Ecológica do Cabeço Santo” ficou em 2º lugar na ordenação realizada pela APA, o ponto focal do fundo em Portugal. Deste modo, posso anunciar que o Projecto Cabeço Santo contará com este importante apoio (de que só 16 projectos beneficiaram, outro dos quais apresentado pela Quercus), o que permitirá realizar com maior brevidade e menor incerteza quanto à disponibilidade de recursos, as acções previstas. Estas incluem, naturalmente, as que já se iniciaram este ano, como o corte mecânico de vegetação exótica e invasora, a sua eliminação definitiva (ou quase) por meios químicos, e a plantação de árvores e arbustos, mas também outras como a demarcação de percursos pedestres e a instalação de um apiário cujo mel produzido terá a marca “Cabeço Santo”! Sem esquecer, é claro, as acções de educação ambiental em campo, para as quais foram também já convidadas as escolas básicas 2,3 e secundárias do Concelho (e algumas de Concelhos vizinhos).
Quanto aos trabalhos de campo com participação de voluntários, em princípio só depois do Natal será possível recomeçá-los, devido a indisponibilidade minha para os organizar nas próximas semanas. Por essa altura iniciar-se-ão trabalhos de plantação de árvores e arbustos, actividade que se poderá prolongar por três meses.
Entretanto, iniciaram-se já os contactos com os proprietários da margem esquerda do Ribeiro, no sentido de, em 2009, podermos dar início aos trabalhos de reconversão também nessa margem, e recuperar, como é objectivo do projecto, a vegetação nativa em ambas as margens do Ribeiro numa extensão de cerca de 2 km entre o Feridouro e Belazaima-a-Velha. Para que isto seja possível deverá existir disponibilidade desses proprietários para vender ou de outra forma ceder essas parcelas para o fim em vista. Mas, sobre esse processo, demorado, trabalhoso, e com uma grande dose de incerteza quanto ao seu sucesso, ainda darei notícias posteriormente. Claro que esta parte do projecto não será financiada pelo fundo ONGA, já que a aquisição de terrenos é uma despesa não elegível. Para este fim, o projecto procurará recorrer a donativos e mecenato.
A propósito de apoios, há que referir e reconhecer aqui o apoio de uma entidade que teve este ano um papel muito importante na realização dos trabalhos e que quase nunca foi citada: a Junta de Freguesia de Belazaima, que cedeu o tractor e o pulverizador para os trabalhos de pulverização com herbicida. Aqui fica a nota.
Paulo Domingues
Boa notícia !!!
É bom ver o esforço recompensado, e ter cada vez mais ânimo para levar em frente um trabalho que à partida parece interminável.
Pela minha parte vou continuar a participar nos trabalhos de voluntariado, e espero que apareçam mais pessoas a reconhecer a importância desta acção e a dar também o seu contributo.
Um grande abraço,
Ricardo