Em Abril começaremos a centrar as nossas atenções nas plantas exóticas e invasoras, que são uma das principais ameaças aos ecossistemas nativos e respectiva diversidade. As espécies com características invasoras mais importantes do Cabeço Santo são as acácias (Acacia longifolia e Acacia dealbata). Depois do incêndio de 2005 também o eucalipto se revelou, em muitas áreas, como espécie invasora (com uma multiplicação seminal massiva), ocorrendo ainda, como espécie invasora de importância secundária, a Hackea sericea (háquea-picante).
As jornadas de trabalho voluntário ocupar-se-ão sobretudo de Acacia longifolia e eucalipto. As mimosas, que ocorrem sobretudo nos vales, onde os fenómenos de invasão são assustadores, ficarão sobretudo a cargo de mão-de-obra remunerada, que começará a actuar em Maio a tempo inteiro ou quase inteiro.
As plantas de Acacia longifolia serão cortadas com tesouras de poda de cabos compridos. As que ainda se podem arrancar serão arrancadas mas essas são já a minoria. Em manchas monoespecíficas de plantas até um metro de altura pode-se usar herbicida, mas nesta espécie vamos evitar utilizá-lo. Já no caso dos eucaliptos, também serão cortados numa primeira fase, mas após a rebentação teremos mesmo de usar herbicida, excepto em locais onde este corra o risco de atingir plantas nativas mais importantes, onde optaremos pelo corte repetido.
Este trabalho não é muito difícil de realizar, embora seja bastante repetitivo, o que poderemos moderar mudando de local de vez em quando e… tirando uns períodos para observar flores ou outras coisas interessantes.
Suficientemente “atractivo” para a comunidade voluntária?!
Paulo Domingues