As jornadas voluntárias de Primavera só conseguiram iniciar-se a 26 de Abril, por contingências diversas. Mas neste dia a equipa contou com um ambiente verdadeiramente primaveril: as abundantes chuvas tinham dado lugar a um radioso dia. Os trabalhos, que decorreram no Vale de Barrocas, consistiram no cuidado das árvores, no descasque de mimosas e no corte de eucaliptos.

Esta área tinha sido alvo de trabalhos profissionais no Inverno. Estes foram trabalhos de corte do matagal em torno das árvores, com o objectivo de acelerar o processo de sucessão. Agora havia que fazer desramações e reparações, cortar rebentos secundários e seleccionar rebentos principais, quando ainda existiam.
Esta área tinha ardido em Abril de 2017 (8 anos antes), pelo que está ainda num processo de recuperação. O descasque de mimosas abordou manchas ainda “herdeiras” desse evento. Por seu lado, os eucaliptos cortados foram árvores mais ou menos dispersas que ocorreram também como consequência do incêndio, e que por aqui foram ficando estes anos.










Foi uma jornada muito agradável e produtiva, com a recompensadora observação de flores e insectos.

A jornada de 10 de Maio decorreu na Chousa/Costa, logo a jusante do Feridouro e foi marcada por alguma incerteza meteorológica. Deram-se cuidados às árvores plantadas no último Inverno nesta zona e também se cortou silvado e se descascaram mimosas. Esta faixa ribeirinha é de difícil acompanhamento devido à irregularidade do terreno e à propensão para ser ocupada por silvado e mimosas. Por isso, um seguimento regular é fundamental, sem o qual a área ainda regride facilmente.








À tarde a chuva ainda apareceu, mas não desarmou a equipa. Aliás, houve quem nem tivesse parado… Esta jornada integrou-se na semana ibérica dedicada às invasoras, SEI 2025.
A 24 de Maio realizou-se a jornada de visita à área de intervenção. Aqui ficam algumas observações do dia.











No dia 7 de Junho a equipa voluntária rumou ao Cambedo para cuidar das árvores aí plantadas no último Inverno. Como todas as áreas trabalhadas nesta Primavera, também esta tinha sido alvo de trabalhos profissionais no Inverno, que deram lugar a todos os seguintes.
Aqui o cuidado das árvores consistiu sobretudo no corte ou arranque de fetos em torno das árvores plantadas e no controlo do silvado, que nestas terras férteis e frescas, cresce desmedidamente. Também havia várias mimosas grandes tombadas, que deram bastante trabalho a desmontar. Apesar da ainda haver muito a fazer por aqui, esta área é já muito interessante, pela dimensão e beleza das suas árvores. Mas, como as outras, requere acompanhamento regular…






A última jornada de Primavera era para acontecer já no primeiro dia do Verão (21/6), mas a ausência de voluntários obrigou a uma reconfiguração: os jovens voluntários do IPDJ (Guardiões do Cabeço Santo), que na véspera iniciavam a sua participação, realizaram os trabalhos previstos para essa jornada: cuidar das árvores plantadas em 2024 na Ribeira do Tojo. Aliás, logo na Sexta seguinte, estes voluntários foram chamados a outro trabalho urgente: regar as árvores plantadas este ano! O Verão ainda só agora começou mas Junho foi quente e seco, o que não augura uma Estação fácil para as árvores plantadas este ano. Sem regas, não se aguentam! E mesmo assim, provavelmente só as mais bem “ancoradas” conseguirão sobreviver. Mas são as contingências de quem anda nestas coisas! Por isso, e não obstante os desafios crescentes, continuaremos com a mesma determinação dos últimos 19 anos, nas já a seguir anunciadas Jornadas Voluntárias de Verão!

