As jornadas voluntárias de Inverno não foram muito participadas, mas acabaram por ser bastante produtivas, em boa parte porque se desenrolaram em áreas onde previamente se tinham realizado trabalhos profissionais de corte de silvado e matagal, deixando-as em boas condições para a realização de trabalhos voluntários de cuidado de árvores e plantação.
Assim, e depois de uma primeira jornada de Inverno sem voluntários, no dia 18 plantaram-se árvores na Costa e na Chousa (duas zonas contíguas logo a jusante do Feridouro). A Costa é uma zona difícil porque em 2006 foram aí escavados socalcos para plantação de eucaliptos e o solo ficou desestabilizado. A partir de 2015 foram aí plantados os primeiros carvalhos e medronheiros, mas tiveram um desenvolvimento lento. Nas margens do Ribeiro foram necessários anos para desalojar as muitas mimosas que aí estavam bem estabelecidas. Ao longo dos anos foi também crescendo o matagal e o silvado. Com o corte quase total deste último e selectivo do matagal, abriram-se espaços ainda livres para adensamento.




No dia 1 de Fevereiro voltou-se à mesma zona da jornada anterior, mas agora para remover e gerir algumas mimosas caídas e dar cuidados às árvores plantadas há alguns anos, desramando, retirando rebentação secundária e fertilizando. Foi uma jornada um pouco acidentada, mas lá se conseguiu terminar…






No dia 15 de Fevereiro voltámos às plantações, agora na zona do Cambedo, inserida na Estação da Biodiversidade, uma zona já trabalhada desde 2009 e já com uma mancha de carvalhal bem interessante, mas onde nos últimos anos tinha crescido um silvado denso nas áreas mais abertas. Cortado esse silvado, foi tempo de aproveitar e adensar com árvores e sobretudo com arbustos.






No dia 1 de Março, nova pausa nas plantações. Neste dia os trabalhos foram, bem ao contrário, de corte de árvores. Primeiro no Chão do Pinho, logo a seguir ao Vale de São Francisco. Aqui a maior parte dos carvalhos são espontâneos, pois existiam terras agrícolas onde se estabeleceram, e a presença de uma linha de média tensão limitava a possibilidade de se plantarem eucaliptos. Por outro lado, a linha ainda lá está, e agora é necessário tomar medidas para que as árvores não cresçam demasiado, aproximando-se dos fios. E a principal medida, nesta fase, é o desbaste das árvores, para que, com mais espaço, cresçam menos em altura.


Depois de uma passagem por uma zona do Chão do Linho onde uma equipa de profissionais cortou uma mancha de eucaliptos e mimosas, foi feito um trabalho idêntico ao primeiro mas na Ribeira do Tojo, onde a grande maioria das árvores tinham sido plantadas a partir de 2010. Aqui a dificuldade maior foi a selecção das árvores a cortar. Afinal, tinham sido plantadas e cuidadas durante 15 anos!









Finalmente, na jornada de 15 de Março, voltou-se a plantar. Desta vez com a participação de um grupo de jovens escuteiros de Sangalhos durante a manhã, plantaram-se as últimas árvores da tempordada no Chão do Linho. Como havia muitas mãos, também se arrumou lenha e ramadas de trabalhos anteriores. À tarde, um grupo já mais reduzido fez trabalhos de cuidado das árvores estabelecidas no Cambedo: desramações, desbastes, corte e desasque de mimosas.










Foram assim os trabalhos de Inverno. E aí está mais uma Primavera, a mais vibrante das Estações! As jornadas de primavera iniciam-se já no dia 29 de Março. Agenda já a seguir.

