As jornadas de Outono iniciaram-se em 28 de Setembro, com uma jornada, participada por 6 voluntários, inteiramente dedicada à remoção de invasoras das áreas da Ribeira do Tojo plantadas este ano. Nestas áreas havia grandes mimosas que foram retiradas no início do ano sem qualquer medida de contenção, pelo que seriam de esperar rebentações abundantes e germinação de plântulas. Assim aconteceu ao longo da Estação de crescimento, pelo que agora, antes as plantas se encontrarem permanentemente molhadas, era tempo de proceder a uma operação de arranque e corte.
As mimosas germinadas ainda se arrancavam muito facilmente, e só o seu grande número requeria mão de obra significativa, pelo que a equipa passou boa parte do dia nesse trabalho. Quanto à rebentação, já não era a primeira vez que se retirava, e agora fez-se pela última vez este ano. Logo veremos o que nos reserva o próximo ano.




Também foram realizados trabalhos de moto-roçadora para manter o silvado sob controlo. Por seu lado, as árvores plantadas este ano estavam de “parabéns”: tinham superado o seu período mais difícil, o primeiro Verão!


A 12 de Outubro, 6 voluntários (entre os quais 5 de um projecto artístico de Águeda) participaram numa jornada que se iniciou a montante do Vale de São Francisco, uma zona também conhecida como Chão do Pinho. Trabalhos profissionais recentes de corte de silvado tornaram possível o acesso a locais antes inacessíveis e assim foi possível alcançar as últimas mimosas que por aqui ainda prosperam e descascá-las. Outras, descascadas há cerca de um ano, já se encontravam secas e foram cortadas, desramadas e arrumadas. Também foram realizados trabalhos de cuidado das plantas autóctones, desramações e selecção de rebentação, sobretudo de loureiro.







À tarde concluiu-se a jornada na parcela junto ao Vale da Estrela plantada este ano, com um trabalho idêntico ao realizado na Ribeira do Tojo na jornada anterior: arrancar mimosas germinadas e retirar rebentação. Também aqui as árvores plantadas este ano se encontravam muito bem.






No dia 9 de Novembro realizou-se uma jornada muito participada (8 voluntários de manhã, 9 à tarde), que deram continuidade aos trabalhos da jornada anterior a montante do Vale de São Francisco: descascar mimosas, cortar e arrumar mimosas secas, trabalhos complementares de roçadora e cuidado de árvores autóctones. Dada o generoso volume de mão de obra, o número de mimosas descascadas foi bastante elevado, ao longo de quase 200 metros de extensão da zona ribeirinha!




No dia 23 de Novembro celebrava-se o Dia da Floresta Autóctone. Diz a tradição que neste dia se plantam as primeiras árvores e a tradição foi seguida: plantaram-se árvores em três locais: primeiro, logo ao montante do Vale de São Francisco, em jeito de adensamento. De seguida, 200 m a montante desse vale, também junto ao ribeiro, numa área onde se tinham descascado mimosas na jornada anterior e onde já no passado se tinham plantado árvores, mas que, com densidade insuficiente e numa área muito propensa ao silvado, acabaram por ficar parcialmente “submersas”. Finalmente, numa encosta muito inclinada, adjacente ao Vale de São Francisco, de onde recentemente se tinham retirado mimosas secas. Esta foi a mais difícil de todas…








No dia 14 de Dezembro concluíram-se as jornadas de Outono com trabalhos de descasque de mimosas e plantação de adensamento numa encosta do Chão do Linho. Apesar do nome, a zona de trabalhos era exactamente o oposto de “terra chã”, que significa “plana”. De facto, o Chão do Linho também tem algumas pequenas várzeas junto ao ribeiro, mas a maior parte da sua área é constituída por encostas bastante inclinadas e mesmo por afloramentos rochosos e pequenas escarpas, que se erguem sobre o curso do ribeiro. A parte trabalhada já tinha sido plantada há uns 7 ou 8 anos, e de facto essas árvores encontram-se lá com 3 ou 4 metros de altura. Mas, o desenvolvimento das mimosas e do silvado ultrapassaram-nas completamente, acabando por ficar numa espécie de stand by em termos de crescimento! Portanto, a plantação desta jornada foi uma operação de adensamento, sendo que, para garantir o futuro desta formação, o acompanhamento (das mimosas e do silvado) é obrigatório.








Também se deram cuidados às árvores autóctones (as plantadas e algumas espontâneas), desramando e removendo rebentação secundária.
E assim se deram por concluídas as jornadas de Outono de 2024. Com a realização de trabalhos significativos por equipas profissionais em vários locais da área de intervenção, em curso neste final de ano, abrem-se oportunidades de intervenção para os voluntários que não deixaremos de aproveitar já a partir do início do Inverno, com as respectivas jornadas, a agendar já a seguir.
Votos de Boas Festas e de um frutuoso ano de 2025!

