Neste artigo fala-se, ainda que brevemente, de três jornadas de Verão ao Sábado que ainda não tinham sido reportadas.
A primeira foi a 8 de Julho, usufruindo de um mês fresco que se seguiu a um final de Junho quente.
De manhã, a equipa do dia cuidou dos arbustos plantados numa área do Valinho Turdo cujos carvalhos tinham sido cortados pela E-Redes numa legalíssima mas inútil acção de “limpeza” e criação de uma “faixa secundária de gestão de combustíveis”. Como se previa, a “faixa” rapidamente se encheu de silvado e, pior do que isso, infestantes como a uva-dos-tintureiros, quase “engolindo” os arbustos que lá foram plantados no final do Inverno, numa tentativa de implantar uma formação arbustiva que não interfira com os fios, ainda que não cumpra os critérios de “limpeza” exigidos pela legislação, mas que, claro, é uma aposta na revogação de regras que não fazem nenhum sentido.
Deste modo, a equipa procurou e cuidou dos arbustos, enquanto uma moto-roçadora ia cortando o silvado e as uvas-dos-tintureiros. Foi chuviscando, tendo caído 2 mm durante a manhã, mas os trabalhos não pararam. Talvez a E-Redes esteja disponível para os remunerar…
Ainda houve tempo para uma voltinha pelo bosque da Pedreira e da Ponte Nova, muito apreciado por quem não o conhecia.
À tarde a equipa deslocou-se até à Costa da Malhada para continuar a cuidar das árvores e arbustos aí plantados em 2021/22/23, sobretudo os mais necessitados, os sobreiros.
Foi uma jornada de Verão bem produtiva.
A segunda jornada de Julho acabou por ser adiada para 12 de Agosto, por motivos imprevistos. Assim, neste dia e já depois de passado um pico de calor, a equipa passou todo o dia no Vale de Barrocas a cuidar das árvores aí plantadas em 2021. São sobretudo carvalhos, mas também medronheiros e várias outras espécies plantadas em solo mobilizado. Os cuidados incluíram corte de vegetação com roçadora, desramação e sacha ou arranque de vegetação concorrente junto às árvores. Esta área foi preparada para plantação em 2021, na mesma altura da realizada na Costa da Malhada, mas trata-se de uma encosta mais fresca e fértil, onde a vegetação cresce de forma mais exuberante do que na encosta voltada a sul da Costa da Malhada.
A jornada só foi interrompida para uma fugaz visita ao carvalhal da Estação da Biodiversidade, onde a equipa usufruiu de um pouco de sombra, que ainda escasseia no Vale de Barrocas.
Finalmente no dia 2 de Setembro foi a jornada de aniversário do projecto, o 17º! Sim, já andamos por aqui há 17 anos sem interrupção, o que já é uma vitória, e, o que é melhor, ainda sem sinais de desanimar!
Nesta jornada participaram alguns dos jovens Guardiões do Cabeço Santo, que, desde Julho, têm realizado acções de voluntariado às Sextas-feiras de manhã, como tem sido já reportado nestas páginas.
O local escolhido foi a zona da Chousa, junto ao Feridouro, onde eles próprios já tinham realizado uma jornada de descasque de mimosas. Mas desta vez a ideia era cortar e descascar, não na pequena várzea junto ao ribeiro, mas na íngreme encosta que lhe é adjacente. A princípio parecia difícil, porque havia silvas e árvores caídas e o simples acesso parecia impossível, mas quando a roçadora manual e a motosserra começaram a funcionar, as coisas compuseram-se… Além do mais tivemos a presença de uma equipa de reportagem do PEFC para entrevistas e filmagens, pelo que havia que mostrar o que fazemos, mesmo em condições difíceis… Logo veremos o resultado dessa reportagem, que por certo será divulgada.
E assim se concluiu esta jornada de aniversário, com a positiva expectativa de termos presente quem ajude a assegurar a continuidade do projecto nos próximos 17 anos…
Associação Cabeço Santo 