Agosto, mês de férias!… Será? Façamos uma revisão do que se tem passado em Agosto no Cabeço Santo:
No dia 13 tivemos um dia dedicado à Colónia de Férias Ser+ do Luso. As crianças aprenderam um pouco sobre o estado desta paisagem e sobre como deixá-la um pouco melhor. Acto contínuo, realizaram algum trabalho de controlo de mimosas, por corte e aplicação de herbicida e descasque. Fizeram ainda o percurso da Estação da Biodiversidade e deleitaram-se com as águas cristalinas do Ribeiro de Belazaima. À tarde visitaram o bosque da Pedreira. Foi um dia em cheio.









No dia 21 realizou-se a jornada especial de Agosto. Com quatro voluntários presentes, os trabalhos dividiram-se por dois locais: de manhã regaram-se árvores no Vale de Barrocas, as que aqui foram plantadas pela Quinta das Tílias em 3 dias de meados de Março último, após uma preparação mecanizada do solo em 3 ha: mais de 1500 árvores entre carvalhos, castanheiros, sobreiros, medronheiros e até alguns azevinhos, azereiros e bordos! Dois elementos dedicaram-se a ajudar os sobreiros a crescerem direitos, pois que estes têm uma tendência marcada para crescerem para o lado, e também para lançarem ramificação lateral por vezes mais vigorosa do que o eixo central. É necessário remover estas ramificações e tutorar o eixo central. A rega também requer a reconstrução das caldeirinhas de retenção e aproveita-se a oportunidade para remover rebentações inconvenientes ou muito baixas.







O almoço fez-se sob a sombra dos carvalhos da Ribeira do Tojo, onde também tinham estado as crianças do Luso, um local que apenas há doze anos estava densamente ocupado por mimosas. Por isso, repousar sob esta sombra era duplamente reconfortante… Mas nunca por muito tempo: logo ali ao lado abundavam os motivos para não descansar mais do que o essencial! E foi logo ali que três voluntários se dedicaram durante a tarde a cortar e descascar mimosas numa área afectada pelo incêndio de 2017. O quarto voluntário foi continuar a rega em Vale de Barrocas, até acabar o depósito de 1000 litros de água (mas para regar todas estas árvores são necessários 6 a 7 mil litros!).





A equipa voltou a reunir-se pelo final da tarde, quando o trabalho sobre as mimosas já era bem visível. Mas também ainda longe de estar terminado. Outro dia cá voltaremos, quem sabe, na jornada de aniversário!
Assim é: na próxima jornada completam-se 15 anos de trabalho do Projecto Cabeço Santo. E, 15 anos depois, temos mais trabalho pela frente do que tínhamos nessa jornada inicial! Um paradoxo? Só aparente! Quem quiser perceber melhor, apareça!

Obrigado a todos os voluntários e ao José Seara pelas suas fotos.
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Muito bom. Excelente trabalho de envolvimento das gerações futuras.