A 3ª jornada voluntária de Outono foi uma 2ª edição da jornada dedicada às invasoras, pois se devotou à mesma problemática no mesmo local, apenas na outra margem (do ribeiro). Não participaram muitos voluntários, só 4 de manhã e 3 à tarde, tendo por certo as restrições à circulação em vigor alguma responsabilidade nisso. Reconhecemos os motivos para o “dever de recolhimento”, mas também existe um outro “dever”, que é o da participação cívica na recuperação dos imensos estragos que fizemos à paisagem, e entre os dois “deveres” apenas a consciência de cada um pode decidir…
Quanto aos trabalhos propriamente ditos, não era fácil a tarefa que tínhamos pela frente: remover mimosas de uma faixa estreita e comprida na margem esquerda do ribeiro de Belazaima, um pouco a jusante do Feridouro: antigos socalcos agrícolas sem acesso a qualquer veículo. Um dos motivos para a dificuldade era o facto de, pelo menos a parte inicial da faixa, não ter ainda recebido qualquer intervenção desde o incêndio de 2005. E era até bastante óbvio que, mesmo nesse violento incêndio, algumas das mimosas aqui presentes não tinham ardido, pois eram enormes e havia pouco matagal de sub-bosque. No entanto, se não arderam, as tempestades, algumas delas também bastante violentas, que ocorreram entretanto, tombaram muitas delas, às vezes até as partindo a meio, deixando este espaço numa enorme confusão e completamente impenetrável. Por isso, o avanço se fez metro a metro, arrancando mimosas, cortando-as com tesourão, cortando-as com podadora, cortando-as com moto-serra, e mesmo descascando-as, isto, naturalmente, por ordem crescente do respectivo diâmetro. E arrumando, é claro, porque todo este material não podia ficar espalhado pelo chão.







Assim se avançou com grande dinâmica durante a manhã, e pelo seu final chegava-se já a um velho moinho de água, já bastante arruinado, que aqui existe. O telhado já há muito tempo tinha desaparecido, e a “cobertura” era agora de mimosas caídas…



Depois do almoço (e depois de passado o moinho), nova dificuldade: um silvado impenetrável tinha crescido entre as ramadas das mimosas tombadas: a roçadora tinha dificuldade em progredir, por causa das ramadas, e a moto-serra tinha dificuldade em chegar às ramadas, por causa do silvado! Alternando entre uma e outra, lá se foi avançando, com bastantes dificuldades…














Quando o dia chegava ao fim, já dava gosto ver o trabalho realizado, e parecia que chegávamos agora a uma zona mais fácil… o que quer dizer que, até se poder dar por terminada esta fase do trabalho, removendo as mimosas pelo menos das antigas várzeas agrícolas que existiam aqui na margem sul, ainda precisamos de pelo menos mais um dia. Logo veremos se é já na próxima jornada (sejamos positivos e pensemos que sim, que se vai realizar a próxima jornada, no dia 14 de Novembro!…). Até lá!
Obrigado a todos os voluntários e ao Gabriel (G), ao Abel (A) e ao Luís pelas respectivas fotos.
Paulo Domingues
Olá Paulo.
A foto de família ficou bonita pelas cores e enquadramento.
Abel