O ano de 2018 iniciou-se com uma jornada voluntária extraordinariamente participada, com mais de 30 voluntários a não quererem perder a oportunidade de inaugurar o ano voluntário com a primeira jornada de plantação de árvores da época.
Com efeito, se até agora as jornadas foram sobretudo devotadas à sementeira, teremos agora algumas jornadas de plantação. No entanto, o elevado número de voluntários aconselhou a divisão do grupo: uma parte deslocou-se até ao Feridouro para trabalhar nas espécies invasoras e a outra ficou pelo Vale da Estrela, junto a Belazaima, para as plantações e também arrumações de ramada.
O dia estava frio, mas acordou com sol, o que ainda não tinha acontecido desde o início do ano, pois choveu praticamente toda a semana, deixando para trás os tempos de sede.

No Vale da Estrela os voluntários dividiram-se ainda entre trabalhos de plantação e arrumação de ramada. A área a plantar, ardida no incêndio de Abril de 2017, dividia-se entre parcelas de eucaliptal e de pinhal. Todo o material lenhoso queimado que foi possível retirar com maquinaria já o tinha sido, mas nas áreas muito declivosas tal não tinha sido possível, por isso era necessário juntar as ramadas para tornar o terreno acessível e gerível no futuro. Por isso uma equipa de 4 voluntários dedicou-se inteiramente a este trabalho.
Os restantes voluntários dedicaram-se à plantação das árvores. As espécies disponíveis para este dia eram o sobreiro, o medronheiro, e o lódão-bastardo. O terreno não era muito fácil porque apareciam bastantes pedras grandes no caminho das ferramentas, e talvez por isso tenha acontecido o incidente inédito de se ter partido o cabo de uma picareta! Também as raízes dos eucaliptos são sempre um obstáculo, apesar de ao longo de uma faixa ter podido operar uma giratória a partir toiças e a arrancar raízes.





Depois de um almoço com a totalidade do grupo na base de operações da Quinta das Tílias – um almoço quente e à mesa! – o grupo voltou a dividir-se entre plantações e invasoras. Mas antes disso, ainda com boa luz, fotografou-se o grupo.


À tarde o vento soprou mais forte e assim até pareceu mais frio, mas, com a energia do almoço e o movimento dos braços e das pernas, ninguém arrefeceu (demasiado!).
No Feridouro, os voluntários dedicaram-se sobretudo ao arranque de plantas de mimosa no Vale de São Francisco e depois no corredor ecológico ribeirinho, primeiro no Chão do Linho e depois já dentro da mata da Altri Florestal. Para além do arranque, foram também cortados rebentos de eucalipto. Dentro da mata, o declive era por vezes elevado, obrigando os voluntários a grandes exercícios de equilíbrio!








Numa jornada inédita que contou com a presença dos presidentes da Direcção Nacional da Quercus e da Direcção do Núcleo Regional de Aveiro (!), foi também produzido um pequeno vídeo, a prometer novos esforços ao nível da divulgação e da promoção:
Tinha começado bem o ano de 2018! E há tanto para fazer ao longo deste ano, que bem precisamos que continue com este nível de entusiasmo. Obrigado a todos os voluntários! E em especial à voluntária Liliana Meleiro, pelas fotos, e ao Raul Silva pelo trabalho de video.
Paulo Domingues
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Excelente trabalho.
Muitos parabéns queridos amigos Paulo e Jorge Morais!
Bem hajam pela força, persistência, carinho, amor e determinação com que fazem esse maravilhoso trabalho de coração no Cabeço Santo
Quem dera estar mais perto, para me puder juntar de vez em quando aos vossos voluntários
Votos dum ano novo muito verde
Com abraço do coração, Avani
No dia 8 de janeiro de 2018 às 13:40, Recuperação ecológica do Cabeço Santo