1ª Jornada de Inverno

Foi num dia frio e ventoso que cinco voluntários se reuniram para dar início às Jornadas de Inverno no Cabeço Santo. Com carvalhos, medronheiros e castanheiros na bagagem, bem como com toda uma panóplia de equipamento, pouco passava das 9:30h quando a equipa se dirigiu para o terreno. Destino: o vale nº 2, onde na última jornada de Outono se tinha arrancado acácia-de-espigas. O terreno é aqui bastante declivoso e o vento soprava ainda mais forte e frio do que lá em baixo, mas como a determinação era grande, os trabalhos avançaram resolutamente.

Os trabalhos começaram junto ao vale nº 2
O terreno declivoso não assustou os voluntários

Pelo final da manhã já muitas dezenas de árvores tinham sido plantadas. Foi necessário procurar um local abrigado para o almoço para evitar o arrefecimento. Pelo menos havia uma vantagem: das melgas de umas semanas antes, nem sinais! 

 À tarde depois de se plantarem alguns castanheiros numa área de deposição de sedimentos do vale, o grupo desceu até ao ribeiro para realizar a retancha  das árvores plantadas no ano passado (substituição das árvores secas): foram sobretudo algumas árvores atingidas por uma pulverização tardia de uma mancha de mimosas, já que a grande maioria das árvores plantadas junto ao ribeiro no ano passado apresentava excelente aspecto, como os voluntários puderam constatar.

Apesar de neste momento o ribeiro já apresentar um aspecto radicalmente diferente do que apresentava há dois anos, ao se iniciarem os trabalhos neste local, alguns voluntários já imaginavam o futuro desta paisagem quando as árvores agora com um a dois metros de altura forem grandes…

Depois das últimas plantações do dia os voluntários pegaram em tesourões e foram cortar rebentos de carvalho. Estes rebentos surgiram após a selecção de rebentos realizada no ano passado, das árvores que já existiam antes de 2005 e que rebentaram de toiça após o fogo. O corte destes pequenos rebentos, com um ano de idade, ajudará a dar mais força aos rebentos seleccionados. Deste modo, estas árvores crescem rapidamente, bem mais rapidamente do que as plantadas, visto já terem um sistema radicular desenvolvido.

Um outro trabalho ainda realizado foi a (continuação da) limpeza da estreita leira existente na zona da Ribeira do Tojo, limpeza essencial para se poderem lá controlar as mimosas e o silvado e se plantarem árvores onde ainda houver espaço para elas. Aqui o pricipal problema é ainda a lenha depositada no chão, o que, em conjunto com o silvado e as mimosas, tornam o local impenetrável. Com paciência, lá se avançaram mais uns quinze metros em duas horas de trabalho, e ainda houve tempo para se plantarem alguns castanheiros num troço dessa leira que já tinha sido limpo noutro dia. O leito do rio ainda se encontra cheio de lenha, mas essa acabará por lá ficar até apodrecer, pois não é muito viável retirá-la e, de um ponto de vista ecológico, não se ganharia muito com isso. Já do ponto de vista paisagístico seria por certo diferente, mas este critério é secundário e não principal…

Junto ao Ribeiro, os trabalhos de limpeza de uma estreita leira continuaram
Limpas as mimosas, destacam-se os salgueiros na margem do rio
Embora ainda pouco atraente esta margem já melhorou bastante

 Já escurecia quando se tirou a foto de despedida tendo como fundo o vale do ribeiro.

A equipa no final do dia

 Um obrigado a todos os voluntários.

As Jornadas de Inverno continuam. Até breve!

P. D.

P. S.: O Projecto Cabeço Santo já tem uma página no Facebook! Visitem-na e divulguem-na! O projecto agradece.

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