No Sábado último uma equipa de intrépidos voluntários reuniu-se para mais uma jornada voluntária no Cabeço Santo. O tempo atmosférico juntou-se à equipa, presentando-a com um dia fresco e húmido, bem diferente dos dias anteriores. O destino eram as últimas (a jusante, em direcção ao Feridouro) antigas terras agrícolas de Belazaima-a-Velha, onde a Quercus adquiriu em 2009 cerca de 3 ha de parcelas ribeirinhas ao Ribeiro de Belazaima. Estas terras estavam densamente invadidas com mimosas e eucaliptos, que foram removidos por corte e posterior pulverização com herbicida da rebentação jovem em 2009. Embora esta acção tenha sido largamente eficaz, nunca o é totalmente, ocorrendo plantas das espécies alvo de forma mais ou menos dispersa pela área tratada. A área objecto da atenção da equipa nesta jornada apresentava vários núcleos onde, por várias razões, numerosas plantas dessas espécies ocorriam ainda. A razão principal era a existência de árvores e arbustos de espécies nativas, que obrigou as equipas de pulverização a não pulverizar na sua vizinhança, para não as atingir, mas desta forma não atingindo também muitas plantas das espécies alvo.

Deste modo, ao abordar uma das manchas, os voluntários constatavam já uma barreira de mimosas com dois a quatro metros de altura, consistindo o trabalho em as cortar com tesourões, ou uma pequena motosserra, pulverizando a superfície de corte com herbicida. Foi um trabalho abraçado sem desânimo pelos voluntários, não obstante o panorama pouco animador. Outro trabalho ainda em curso durante a manhã foi a limpeza da vegetação concorrente das árvores plantadas em 2010 nas antigas terras agrícolas, onde os fetos, o silvado, e outra vegetação oportunista ainda conseguem abafar uma pequena árvore. Tal foi a dinâmica de trabalho da manhã que o almoço foi tomado já eram quase 14 horas, num recanto relvado e sombreado.






Depois do almoço e do merecido descanso, foi mais uma hora alucinante para concluir o trabalho de corte das principais manchas existentes neste local e depois a deslocação até à última área de plantação deste Inverno para colocar os tutores nos tubos de protecção, que ainda não os tinham. Agora num ritmo mais relaxado (ou não?!) os voluntários puderam apreciar como a generalidade das árvores se encontrava com boa vitalidade, embora o silvado e os fetos cresçam à volta várias vezes mais depressa do que elas! O que requererá, naturalmente, um trabalho de corte com motorroçadora já nas próximas semanas.


Mas por hoje, o trabalho ficou por aqui. Sem dar mostras de prostração, os voluntários falavam já duma próxima jornada a inciar às 7 da manhã. E talvez em breve se possa “inaugurar” uma nova modalidade de trabalhos, pelo menos para o período do Verão: dando aos voluntários a possibilidade de pernoitar em Belazaima, trabalhar desde a madrugada até à hora do almoço, e descansar à tarde, seguindo depois para os seus destinos. Até breve!
P. D.